Assembleia

UM LADO. CPI da Corrupção divulga áudios. Objetivo é óbvio: constranger o governo

Foi um forrobodó semelhante ao da última quinta-feira. Ou até maior. Se, naquele dia, a presidente da CPI da Corrupção na Assembléia Legislativa, a petista Stela Farias, inconformada com a ausência da base governista, promoveu a reunião assim mesmo e divulgou trechos de depoimento de Lair Ferst ao Ministério Público Federal (confira AQUI), nesta segunda-feira foi além.

Na presença apenas dos deputados de oposição (os governistas não compareceram e concederam entrevista coletiva, como você lerá em nota que publicarei em seguida), Stela tornou públicos vários áudios da Operação Rodin, que também fazem parte da ação de improbidade contra a governadora e outras oito figuras públicas, na Justiça Federal, em Santa Maria. O objetivo é óbvio: constranger o governo com a palavra viva de ex-integrantes enroscados na Justiça, em função da chamada “fraude do Detran”.

Cá entre nós, o clima é de absoluto confronto. Em que, de um lado, a oposição fustiga; de outro, os governistas refugam. Cada qual com suas razões, que não sei se são exatamente as da sociedade. Mas isso é assunto para outra nota. Por enquanto, fiquemos com o relato da reunião da CPI, através do material distribuído pela Agência de Notícias do Legislativo. O texto é de Leonel Rocha, com foto de Marco Couto.Confira

Presidente da CPI divulgou série de áudios da Operação Rodin. E deu rolo
Presidente da CPI divulgou série de áudios da Operação Rodin. E deu rolo

Deputados ouvem escutas telefônicas da Operação Rodin

 

A CPI da Corrupção realizou mais uma reunião nesta segunda-feira (14) sem a presença dos deputados da base aliada da governadora Yeda Crusius. Com presença mínima para instalar a sessão, mas sem quórum para deliberar, a presidente da comissão, deputada Stela Farias (PT), determinou a audição de uma série de 25 trechos de escutas telefônicas, realizadas durante a Operação Rodin da Polícia Federal. O material, que não está sob sigilo de Justiça, faz parte da ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal contra nove agentes públicos, entre eles a governadora Yeda Crusius.

Conforme Stela, as gravações, datadas de agosto de 2007 a maio de 2008, demonstram a organização da partilha de dinheiro obtido pelo esquema de corrupção montado no Detran. “Há um contexto de discussão de distribuição da propina que demonstra a necessidade de ouvirmos as pessoas envolvidas”, justificou a petista.

Código

Nos áudios selecionados por Stela, diversos agentes públicos e privados combinam reuniões e encontros para entregas de “parcelas”, “fotos”, “pareceres”, “documentos” e “escrituras” – expressões que o Ministério Público Federal concluiu tratarem-se de um código para a palavra “dinheiro”. As escutas registram conversas nas quais participam o ex-diretor da CEEE, Antônio Dorneu Maciel; o ex-presidente do Detran, Flávio Vaz Netto; o deputado federal José Otávio Germano (PP-RS); o ex-chefe da Casa Civil, deputado estadual Luiz Fernando Záchia (PMDB); e a assessora do Palácio Piratini, Walna Meneses; entre outros.

Estarrecedores

O deputado Paulo Borges (DEM) classificou como “estarrecedores” os conteúdos das gravações. Para ele, a CPI tem a obrigação de convocar as pessoas envolvidas. “A sociedade está sedenta para ouvir essas explicações”, completou Borges. O deputado Raul Carrion (PCdoB) afirmou que os trechos comprovam a gravidade do tema que a CPI está tratando. “Mostram a maior desfaçatez…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

PARA SABER DO QUE TRATAM OS ÁUDIOS, CONFIRA REPORTAGEM DA VERSÃO ONLINE DE ZERO HORA, com informações da Rádio Gaúcha

SUGESTÃO ADICIONAL – confira aqui, se desejar, também outras reportagens produzidas e distribuídas pela Agência de Notícias da Assembléia Legislativa.

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