COLUNA OBSERVATÓRIO. “O que, afinal, está dividindo tanto o PP de Santa Maria?”

Paniz e Dalla Corte. É possível que ocorra uma disputa entre eles

Há cinco anos, uma disputa se estabelecia, no Diretório Municipal do Partido Progressista. Então, se digladiavam os grupos que tinham, como representantes mais visíveis ao distinto público, o vereador Sérgio Cechin e o atual vice-prefeito José Farret. Eram, na verdade, o ex-prefeito e seus aliados contra os demais. Ganharam estes, e elegeram Marcelo Dalla Corte.

Passada meia década, o PP está de novo em ebulição. Mas, e por quê? Não é mais, se pode dizer, o mesmo mote. Cechin e Farret, diferenças a parte, não são exatamente adversários neste momento. Então, qual a causa da briga? A resposta, na verdade, é a mais simples possível: descontentamento com a forma como o partido se comporta diante do governo ao qual está consorciado, como o principal (e, cá entre nós, fundamental) coadjuvante.

Há os que tentam negociar com o PMDB (leia-se Cezar Schirmer) com a tolerância possível. Dizem, e tem lá suas razões, que não é hora de confrontar, mas de ampliar os espaços na base da diplomacia. 

De outro lado, existem os descontentes com o jeito de conversar com a parceria na prefeitura. Aí, uma subdivisão: há o que sequer falam em cargos de menos, optando por reclamar do não cumprimento do programa que teria sido acordado entre as partes (PMDB e PP, no caso). E os que não escondem a insatisfação com o que seria uma parcela menor que a devida, na repartição de postos na administração.

E quem vai representar as duas partes, na hipótese de um bate-chapa – que se coloca como inevitável diante do fato do nome aceito pela maioria, Renor Beltrami, não querer saber do cargo? Ao que tudo indica, serão levados à disputa, se ela ocorrer, de um lado o atual presidente, Marcelo Dalla Corte. Do outro, e que teria bom trânsito entre as duas subdivisões, o veterano militante Erony Paniz.

E daí? Quem vai ganhar? Provavelmente Dalla Corte. Provavelmente.