Voto secreto. Não duvide. As chances do fim dele são pra lá de escassas. Se é que existem
Quem lê os jornais, ouve rádio e vê e escuta televisão, especialmente dos órgãos da mídia grandona (e da que se acha) tem a impressão de que logo mais, daqui a pouco, não tardará nada, e será aprovado no Congresso, com louvor, a extinção do voto secreto.
Coisas da emoção. E da vontade momentânea. Nunca raciocinando. Sim, porque se pensar, raciocinar, ou até mesmo racionalizar (se não for pedir demais), qualquer jornalista minimamente enfronhado nas coisas brasilienses perceberá que isso é inviável, quando não impossível.
Resumindo, se está a vender à opinião pública – com que objetivo, talvez fosse o caso de investigar – uma quimera. E uma nova decepção. Com que fim? Talvez também fosse o caso de perquerir com maior profundidade.
E por que há de se duvidar da aprovação do fim do voto secreto? Por que ele é legítimo, e portanto deveria continuar? Ou por que é uma impossibilidade numérica evidente, com a composição atual do Congresso Nacional?
No primeiro caso, penso que a questão da legitimidade fosse um bom tema para discussão – e minha opinião a respeito você conhecerá na próxima nota que publicarei, logo acima e em seguida.
No segundo, bem, aí está por que não será aprovada qualquer mudança no jeito de votar. Ele continuará secreto em várias circunstâncias. Uma delas a cassação de parlamentares. Pelo menos enquanto forem estes os deputados e os senadores no exercício do mandato. Ou alguém acha que os que absolveram Renan Calheiros votarão a favor do voto aberto, quando e se isso for discutido em plenário? Bem… há quem acredite que Papai Noel existe. Da mesma forma que a cegonha, e que fevereiro tem 30 dias. Então…
SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a nota Não contem com Renan nem com a maioria do Senado, publicada pelo jornalista Ricardo Noblat.
Leia também a reportagem Senado discute fim do voto secreto após absolver Renan; Tasso relata PEC, na Folha Online com informações, também, da Agência Senado.
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