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Veja degradada. Uma revista, a jornalista, o empresário. Relações incestuosas

Já está disponível o 20º artigo-reportagem da série escrita por Luis Nassif, em que ele mostra como Veja, a maior revista do país se transformou em qualquer coisa parecida com lixo editorial. Com manipulação das informações (quando não a própria invenção), para atender a interesses que não o do leitor. Quem sabe dos seus dirigentes, ou da própria empresa que a edita.

 

Neste último texto, Nassif  escreve sobre as relações de um famoso colunista da Veja com um financista pra lá de suspeito e a ligação de ambos com uma ex-jornalista da Folha de São Paulo, e que hoje atua supostamente como consultora. O resultado? Qualquer coisa, inclusive a defesa do empresário e suas suspeitas participações negociais. Jornalismo? Pra quê? Confira:

 

“As relações incestuosas na mídia

O modelo de assassinato de reputações, como arma de disputas comerciais, alcançou seu auge na recente fase da revista Veja, especialmente através do colunista Diogo Mainardi.

O último capítulo dessa novela foram colunas e podcasts de Mainardi, a respeito de um dossiê que continha trechos de um inquérito sigiloso do Ministério Público Italiano.

Conforme demonstrado em dois capítulos da série (O post-it de Mainardi e Lula é meu álibi), ao contrário do que Mainardi afirmava em sua coluna, o dossiê foi escaneado no Brasil, rearrumando papéis do inquérito original da Itália. E a prova maior é que seu conteúdo foi divulgado no mesmo dia em que o arquivo foi gravado, no site de uma ex-jornalista da “Folha”, Janaína Leite.

Tempos depois, a revista Carta Capital entrevistou Angelo Jannone, ex-chefe de Segurança da Telecom Italia, nos tempos de Tronchetti Provera. A entrevista de Jannone foi aproveitada por ambos para tentar demonstrar que os inocentava.

Sobre o caso italiano dedicarei um capítulo especial, dada à sua aparente complexidade e por demonstrar o jogo complicado do qual Mainardi tornou-se participante, sabe-se lá com que propósitos.

O que interessa, neste capítulo, é a explicitação das relações de Mainardi com Janaína, e de ambos com Daniel Dantas.

Vamos entender melhor quem é a parceira de Mainardi nesse jogo.

No seu blog, Janaína Leite se apresenta como “consultora”. Não há nenhuma indicação sobre quem são seus clientes. No seu período na “Folha” atuou em uma série de matérias francamente suspeitas, conforme se demonstrará a seguir. Todas elas seguiam a mesma linha de denúncias utilizada por Mainardi quando trata do tema telefonia.

Vamos à análise de quatro casos.

 

O caso Cecília Melo

Conforme explicado no capítulo “O post-it de Mainardi”, há dois inquéritos em andamento, um no Brasil, outro na Itália.

O do Brasil é conduzido pela Polícia Federal e Ministério Público Federal em São Paulo, sobre grampos, quebras de sigilo, a partir do dossiê Kroll, divulgado pela “Folha” anos atrás. O da Italia pelo MP italiano, originalmente era sobre as estripulias da Parmalat italiana. Depois, graças a uma manobra engenhosa, foram incluídas as as operações da Telecom Italia no Brasil. No inquérito italiano há grampos ilegais e outras particularidades que poderiam provocar a anulação do inquérito brasileiro – caso fossem juntadas as peças.

Há uma tentativa de misturar os dois inquéritos. Por isso mesmo, toda a luta da PF e do MP é para impedir essa contaminação.

Essa tentativa ficou clara em matéria de Janaína Leite de 24 de julho de 2007 (clique aqui) com o próprio Daniel Dantas, preocupado com a possibilidade dos fundos de pensão fecharem um acordo com o Citigroup que estreitaria sua margem de manobra na Brasil Telecom.

Dois trechos merecem destaque. O primeiro, demonstrando que Dantas atuou pessoalmente para que a atuação da Telecom Italia no Brasil fosse incluída no inquérito italiano…”

EM TEMPO: o caso Veja, tratado com grande talento, e muita informação, por Nassif já provocou ao menos uma reação da Editora Abril, que resolveu processar o jornalista. E também o chamado núcleo de comando da redação, Eurípedes Alcântara, Mário Sabino e Lauro Jardim. Em contrapartida, se expande na internet uma grande rede em torno do jornalista. São pelo menos 800 sítios (inclusive este, nem tão modesto) reproduzindo o trabalho. E mais: se você clicar ‘veja’ no Google, por exemplo, encontrará com destaque, logo no comecinho, a série de artigos-reportagens de Nassif. Portanto, há uma clara adesão à leitura por parte dos internautas. Assim, de um lado, solidariedade ao excelente trabalho de Nassif. De outro, novos fatos. E, sobretudo, a disseminação do trabalho, algo que, modestamente, também estou fazendo por aqui.

 

 

EM TEMPO (2): é incrível que, embora fato da maior relevância, a mídia grandona (e a que se acha) está simplesmente ignorando o assunto, por mais rumoroso que é. Faz sentido, não?

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA – Não deixe de conferir aqui a íntegra do texto “As relações incestuosas da mídia”. No mesmo endereço você encontra todos os outros 19 capítulos já escritos por Luis Nassif, e que correspondem (com os que ainda virão) num verdadeiro inventário de uma revista que já foi a de maior credibilidade do país e hoje é um simulacro, para dizer o mínimo.

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