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Mas, e a crise?! Mundo real estapeia até os “especialistas”, e não só midiatas do apocalipse

Não fossem estar falando do destino de milhões de brasileiros, e tentassem equivocadamente influenciar a opinião pública, até que seriam engraçados os midiatas do apocalipse – como tenho qualificado os que ocupam espaço privilegiado na mídia grandona, falando e escrevendo sem se dar conta do que ocorre adiante de suas janelas peliculadas. Mas eles são levados em alta conta, por isso precisam ser denunciados.

 

O interessante é que, agora, até mesmo os “especialistas”, sobretudo em economia, começam a cair do cavalo. Pois não é que o mundo real cai também sobre a cabeça deles? E, como têm pensamento linear e único (“o fim do mundo está chegando”), eles agora estão tastaveando, como mostra reportagem publicada n’O Estado de São Paulo, e que reproduzo parcialmente a seguir. Acompanhe:

 

 

“Inflação reduz o ritmo, e mercado é surpreendido…

 

Em outras palavras, a demanda continua superaquecida, mas a inflação resolveu, no curto prazo, ficar mais comportada. O efeito é quase todo explicado pela reviravolta nos preços de alimentos e commodities minerais e agrícolas em geral, que depois de subirem espetacularmente nos últimos anos, vêm caindo desde meados de julho. Um relatório do Crédit Suisse divulgado na sexta-feira mostra que a alimentação e as bebidas no IPCA-15 tiveram uma inflação de 2,3% em junho, de 1,75% em julho e de apenas 0,25% em agosto. Com isso, a alimentação e as bebidas foram responsáveis por 0,53 ponto porcentual, ou 59%, da alta de 0,9% do IPCA-15 de junho; por 0,4 ponto porcentual, ou 63%, do IPCA-15 de 0,63% de julho; e por somente 0,06 ponto porcentual, ou 17% do IPCA-15 de 0,35% de agosto.

A perda de fôlego da inflação deve estar sendo celebrada pelos membros do Copom, mas curiosamente ela cria um ligeiro embaraço para o BC – afinal, o alívio não parece ter vindo da medicação aplicada, a alta da Selic, mas sim de um movimento de queda de alimentos e commodities que é em grande parte global.

A elevação dos juros visa a esfriar a demanda, o que desestimula a alta dos preços. Mas, segundo Alexandre Pavan Póvoa, diretor do Modal Asset Management, “os sinais de esfriamento até existem, mas ainda são muito tênues”. As vendas no varejo, por exemplo, cresceram 10,6% no primeiro semestre, uma taxa chinesa – mesmo que, por causa da própria inflação, o faturamento de hiper e supermercados tenha crescido bem abaixo da média do comércio em junho. Da mesma forma, o índice de desemprego de 8,1% em junho foi acima da expectativa de 7,7% do mercado, mas não há dúvida de que prossegue o ritmo espetacular de criação de postos de trabalho, especialmente formais…”

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra da reportagem “Inflação reduz o ritmo, e mercado é surpreendido”, de Fernando Dantas, na edição dominical d’O Estado de São Paulo.

 

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