Segurança

RIO DE JANEIRO. Sem o Estado, não há solução para problema da segurança pública

Favela Cantagalo, à noite. Uma das quatro a ser retomada pelo Estado. É o caminho
Favela Cantagalo, à noite. Uma das quatro a ser retomada pelo Estado. É o caminho

Não há outro jeito de resolver o problema da segurança pública no Rio de Janeiro ou outra cidade qualquer com uma situação análoga: é a presença do Estado (e não confundir com governo, por favor). A ausência dele, na forma de serviços públicos eficientes, escolas, hospitais etc, é que permitiu que os bandidos tomassem o lugar, fazendo um trabalho que lhes garante, senão fidelidade, ao menos solidariedade nos embates contra a polícia.

Dentro disso, é preciso que se saúde o governador Sérgio Cabral. Ele percebeu isso e, aos pouquinhos (e certamente não poderá completar; algo que caberá a um balaio de sucessores que virão), toma conta de algumas localidades importantes do território carioca até aqui em poder do crime organizado.

Agora mesmo, numa segunda etapa de um trabalho já realizado em outros bairros periféricos, vai assumir o controle de um quarteto de favelas importantes do Rio de Janeiro, como conta nota publicada por Lauro Jardim, na versão online da seção “Radar”, da ex-revista Veja. Confira:

Dominando as favelas

Até o fim do ano, mais quatro favelas da zona sul do Rio de Janeiro serão ocupadas com policiamento 24 horas: Tabajaras, Cabritos, Pavãozinho e Cantagalo – todas entre Copacabana, Ipanema e Botafogo.

É a continuação da estratégia implantada este ano e que já deu certo em outras quatro favelas da cidade, livrando-as dos traficantes – algo inédito no Rio desde os anos 80.

Para 2010, o objetivo é mais ambicioso: dominar o Complexo do Alemão, na Zona Norte.”

PARA LER MAIS NOTAS DA SEÇÃO “RADAR”, DA EX-REVISTA VEJA, CLIQUE AQUI.

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3 Comentários

  1. Sobre isto, tenho trocado algumas idéias e comentários com o presidente de uma associação de Políciais Militares carioca;…o Tenente Melquisedecq Nascimento.

  2. Tenho muitos amigos que são da Polícia Militar (aliás, tenho amigos, parentes e conhecidos em praticamente todas as Polícias Militares de todos os Estados do Brasil) carioca;…e sei que eles enfrentam um gravíssimo dilema (o que não enfrentavam na época dos anos de 1950 à 1980, só para citar um exemplo); pois podiam exercer uma “ferramenta” legal, que hoje; e aí outras “instituições” (algumas “obscuras), tais como “ONG`s” de “Direitos Humanos” (que na verdade, só protegem mesmo os bandidos e marginais);…que seria o instrumento legal do PODER DE POLÍCIA propriamente dito,…ou seja o Poder da Represão (para os bandidos, marginais e facínoras), os RIGORES da LEI!

  3. Claudemir e amigos (as) do Blog: Me desculpem a franquesa, mas eu até tento (e quero acreditar) nas boas intenções do governador Sérgio Cabral, mas sinceramente não consigo. Conheço o Rio de Janeiro, já morei lá; sou filho e sobrinho de militar do Exército (um dos meus tios serviu em uma unidade Pará-Quedista que enfrentou por várias vezes traficantes destas favelas que hoje dominam a cidade). Conheço (ou melhor; conheci, todos estes locais que hoje estão conflagrados pela “chaga” do poder paralelo dos narcotraficantes); tenho amigos e conhecidos que vivem e moram lá;…portanto; não assistem apenas ao problema na frente da Tv ou em uma sala com “ar-refrigerado”.

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