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AGENDA ESTRATÉGICA (2). Este sítio colabora, relembrando o “Coração Valente”

No encontro do último sábado, representantes de segmentos da comunidade travaram discussão semelhante à de 2003
No encontro do último sábado, representantes de segmentos da comunidade travaram discussão semelhante à de 2003

É mesmo interessante verificar a participação de vários segmentos da comunidade – aqueles cerca de 400 que tiveram condições de ir na manhã chuvosa de sábado, ao Park Hotel Morotin, distante cinco km do centro da cidade. O relato do trabalho importante realizado anteontem você teve na nota imediatamente anterior, abaixo.

Aqui, nesta e na próxima nota, numa demonstração clara do interesse que temos em participar ativamente da proposta, apresentamos, inclusive para relembrar proposta semelhante (e formidável, embora poucos, objetivamente, a tenham levado a sério, na comunidade) acontecido há seis anos, e que resultou no projeto Coração Valente.

Já escrevi algo a respeito no Observatório (que reproduzi AQUI no sábado). Agora, publico nota da mesma coluna, editada no dia 29 de novembro de 2003. Imagino que ela possa, quem sabe, subsidiar algumas opiniões. Na nota seguinte, mais acima, você lerá algumas das propostas então aprovadas. Confira:

“Coração Valente” propõe estratégias e 96 projetos

Está circulando, entre os integrantes do Fórum das Entidades Empresariais, a chamada “versão preliminar básica” do Plano de Ações Estratégicas para o Desenvolvimento Integrado de Santa Maria. Trata-se, como a coluna antecipou ainda no dia 8 de novembro, do projeto apelidado “Coração Valente”. Uma idéia ambiciosa que, se adotada, poderia se transformar num grande plano-sugestão que pensa, efetivamente, a Santa Maria do futuro.

Há cerca de 20 cópias em circulação entre as entidades que fazem parte do Fórum e deverá ser aprovado ainda em dezembro, após eventuais alterações e/ou acréscimos – muito poucos, ao que o colunista pôde apurar.

Observatório teve acesso ao documento, na íntegra. Trata-se de um calhamaço com 55 páginas – que poderiam transformar-se em 100, se livro fosse – em que o plano é detalhado ao extremo. Elaborado por comissão especial composta de Jair Behr (Fórum), Cezar Gehm (Cacism), Maria Inês Biscaro (CDL) e Haroldo Pouey (Sinduscon), com a assessoria técnica do Instituto Pró-Eficiência de Consultoria Organizacional, que tem como um de seus associados o administrador Carlos Brasil Pippi Brisola, o “Coração Valente” vislumbra um futuro ideal. Nele, Santa Maria torna-se o “coração geopolítico-econômico do RS, dotada de excelente infra-estrutura de transportes, comunicação, energia e saneamento, próspero pólo comercial e de serviços, com consistentes investimentos industriais e turísticos, cidade referência sul-americana na área do saber, da saúde, da preservação do meio ambiente, da tecnologia, da educação e cultura, social e economicamente desenvolvido, de gente capaz, valente e feliz, com altos índices de saúde, educação, emprego, habitação e segurança”.

É um sonho e tanto. No entanto, factível, se cumpridas as etapas propostas. Para isso foram montados cinco cenários. Também, em função desses cenários e da visão de futuro, são descritos 14 objetivos, sugeridas 32 estratégias e, ao final, indicados nada menos que 96 ações ou projetos a serem encetados.

É mais que evidente tratar-se de uma proposta de longo prazo e que exige a interação perfeita entre os poderes públicos e privados, os entes que de alguma maneira fazem parte dessa comunidade o que seria, claro, o pressuposto para a adesão incondicional da população.

É um documento otimista. Reconhece as dificuldades econômicas e uma série de fatores restritivos ao desenvolvimento – a “carência de investimentos públicos e privados” e a “carência de projetos para o município”, para citar dois exemplos. Mas também enumera fatores “potencialmente favoráveis ao desenvolvimento de Santa Maria”. Dois deles: a “presença da UFSM e Universidades privadas, de influência fundamental ao desenvolvimento do município, na formação do capital intelectual, no desenvolvimento tecnológico e na atração de riquezas, etc” e o “grande potencial logístico, por constituir-se em importante entroncamento rodo-aéreo-ferroviário”.

Quanto aos cenários montados, são a  expressão de um ideal a ser buscado em cinco setores. Assim, eles se dividem em Capital do Coração (política), Centro Econômico (município empreendedor), Cidade Amiga (pólo turístico), Cidade Alegria (atenção ao social, aí incluídas educação, saúde, trabalho, habitação e segurança pública) e Cidade Cultura (eventos, com efetivo apoio dos setores público e privado).

Uma idéia ambiciosa, repita-se. E que é contribuição, digna de ser elogiada, feita pelo Fórum de Entidades Empresariais.”

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