ELEIÇÕES 2010. José Serra pôs o DEM “no seu lugar” – que é o de apoiá-lo. E ponto

A grande realidade é uma só: o DEM até pode ter suas aspirações de protagonismo na eleição de 2010, mas lhe falta cacife para tanto. Seja quem for o candidato do PSDB, o destino demista é apoiá-lo. E ponto. Pode ter até suas predileções, e as tem. Mas irá, inevitavelmente, a reboque do tucanato.

Certamente, porque todos os envolvidos são finos, não foi com essas palavras. Mas o sentido, creia, foi o mesmo. Me refiro a um encontro havido entre José Serra e lideranças do DEM, a começar pelo presidente nacional da sigla, o carioca Rodrigo Maia (filho de Cezar), nos últimos dias, em que o governador paulista mostrou seu abespinhamento com a cola erguida de seus parceiros inevitáveis.

É mais ou menos isso que relata, por exemplo, o jornalista Cláudio Humberto Rosa e Silva, na coluna reproduzida por dezenas de jornais brasileiros, inclusive o gaúcho O Sul. A foto é de José Cruz, da Agência Brasil. Confira:

“Serra rejeita pressão e enquadra o DEM

O governador tucano de São Paulo, José Serra, deu um “chega-prá-lá” humilhante no DEM, há dias, quando foi pressionado a definir sua candidatura presidencial. Disse à cúpula do Democratas que administra seu tempo como achar melhor, que não aceita pressão e que só a ele cabe a decisão de disputar ou não a sucessão de Lula. “Quem quiser me acompanhar terá de se adequar a isso ou cai fora”, advertiu.

Com Aécio

Após a bronca de Serra, que também não se comprometeu a acatar um vice do partido, o DEM se engajou na turma do mineiro Aécio Neves.

Emparedados

O problema do DEM é não ter alternativa senão esperar pelo PSDB. E o de Aécio é vir a ser obrigado a apoiar a eventual candidatura Serra.”

SUGESTÃO ADICIONAL – confira aqui, se desejar, outras notas publicadas pelo jornalista Cláudio Humberto Rosa e Silva.