OPINIÃO DO SÍTIO. Por que Lula é tão popular. E por que Dilma tem boas chances

Tem coisas muito simples. São da vida. São do cotidiano de qualquer pessoa que lave as mãos. O que significa 100% – para os que têm água disponível. E, no entanto, fica-se buscando no fundo do bestunto alguma outra explicação. Não, nada disso. A razão por que Luiz Inácio Lula da Silva, mais que qualquer outro Presidente em que momento histórico for, é querido por um percentual amassante de brasileiros, em avaliação que, na escala logo abaixo, alcança o governo do pernambucano-paulista, é por demais simples.
Qual? Ora, a percepção de 80% de brasileiros é que sua vida melhorou, desde que Lula chegou à Presidência. Ok, pode-se discutir o como. E até o custo. Mas não o quê. Aí, é moleza. Mas reconhecer que a resposta é tão simples dificultaria a venda, se me entendem. E poderia (poderá?) facilitar a vida de Dilma Rousseff, que quer suceder Lula e que é potencialmente beneficiária desse status quo.
Um dos que não vê isso, não porque desconheça, apenas porque lhe é mais conveniente (e isso dá para entender – que diabo, não se pode dar munição ao adversário), é o governador de São Paulo e possível contendor no pleito presidencial de 2010, José Serra. Olha só o que ele diz numa entrevista transmitida nacionalmente pela rede Jovem Pan de rádio, em texto reproduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues, da Folha de São Paulo e do portal Universo Online. A foto é de José Cruz. Confira:
“Economia não decide eleição, diz Serra
O governador de São Paulo e mais provável candidato do PSDB a presidente da República em 2010, José Serra, lançou hoje (segunda-feira) uma tese polêmica. “Economia não decide eleição”, declarou ele ao conceder longa entrevista à rádio Jovem Pan, transmitida em rede por essa emissora paulista e suas associadas para o Brasil inteiro – ao todo, são rádios em 141 cidades, entre elas, 20 capitais. Aqui, o áudio da entrevista.
Serra respondia a respeito do estado da economia e como poderia ser o efeito sobre a sucessão presidencial em 2010. Quase falando como candidato a presidente, Serra deu vários exemplos para refutar a tese (em voga no governo) de que a economia em alta favorecerá à pré-candidata a presidente pelo PT, Dilma Rousseff.
“Em 2006, a economia não vinha bem, mas o Lula ganhou a eleição”, disse Serra. O governador tucano também usou uma metáfora. Se a economia está em boas condições, afirmou, seria como decidir sobre a substituição do motorista de um ônibus que está andando bem. O eleitor terá de decidir sobre quem estará mais apto a continuar a conduzir o ônibus da melhor forma possível…”
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SUGESTÃO ADICIONAL – confira aqui, se desejar, também outras notas e artigos publicados e/ou comentados por Fernando Rodrigues, da Folha de São Paulo e do Universo Online.
Fazer o que, né! Até quando o Lula fala bobagens(aliás, é perito nisso)todo o mundo aplaude. Digo e repito, governo popular é uma coisa e governo populista é outra bem diferente. E o Serra também é outro que, se bobear vai ser atropelado pelo Aécio e o Ciro Gomes (que, vejam só, está já trocando afagos com o mineirinho).
Depois do que o Márcio falou sinceramnete não há o que acrecentar, foi uma sintese e tanto!
Só rindo mesmo. Quer dizer que agora economia não ganha eleição? E o Plano Cruzado em 1986 que propiciou que os partidos governistas, PMDB e PFL, elegessem 22 dos 26 governadores dos estados. E o Plano Real que transformou em presidente da República o FHC que não se elegeria nem para senador por São Paulo não fosse a economia.
O José Serra está tirando o foco da economia pois sabe que neste aspecto, as comparações dos governos Lula com os governos FHC são desfavoráveis ao Tucano.
Há bem pouco tempo tinha gente torcendo para que a “marolinha” se transformasse em um “tsunami”. Caso isso acontecesse, queria ver o Serra afirmando que economia não ganha eleição!