Foi, provavelmente, a paralisação menos profícua dos últimos muitos tempos, do magistério gaúcho. Sem apoio na categoria, nem na sociedade, quaisquer que sejam os argumentos no sentido contrário, por parte de suas lideranças, parece óbvio que se tratava, desde o primeiro momento, de movimento que não tinha condições de triunfar. Mesmo que minimamente.
Foi o que aconteceu. Na assembleia geral desta tarde, sequer a pauta de reivindicações foi discutida. Os professores decidiram acabar com a greve. Ou suspender, para usar a expressão dos dirigentes sindicais. Interessante é que os sindicalistas não admitem, em público, suas próprias fragilidades políticas – preferindo jogar as responsabilidades pela baixa adesão nas costas “dos adversários” – no caso, o governo.
Agora, de todo modo, a ideia das lideranças é retomar a mobilização, como você confere, em material originalmente publicado na versão online de Zero Hora. A seguir:
“Assembleia do CPERS decide pela suspensão da greve do magistério…
… Após uma semana movimentada, em que chegaram a ocupar o prédio da Assembleia Legislativa e conseguiram uma reunião com o governo do Estado, em assembleia do Cpers, os professores estaduais decidiram encerrar a paralisação iniciada em 23 de agosto.
Segundo a vice-presidente do sindicato, Neida de Oliveira, a mobilização grevista foi enfraquecida devido a cooptação, por parte do governo, de integrantes do movimento por meio de cargos de confiança. Agora, para Neida, “a ideia é retornar às bases e planejar os próximos passos, pois vamos continuar pressionando o governo para que atenda as reivindicações dos professores”.— A categoria sequer se posicionou sobre as propostas do governo. Somente deliberamos pela suspensão da greve. A burocracia do Estado saiu de dentro do movimento e atuou para enfraquecer a greve. Precisamos retornar e rever o calendário de mobilização — afirma a sindicalista…”
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Sindicato dos professores é todo cooptado pelo partido do governo. Fazem um monte de greves inúteis neste ano. Ano que vem, que é de eleição, ficam quietos. Afinal, greves não resolvem.