Mídia

MÍDIA. Lula estaria se descolando da Globo, em busca de um novo jeito de se relacionar com ela. Será?

Antecipadamente, vamos combinar uma coisa: o tema é pra lá de interessante. Este das relações entre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e a Globo, a maior (e quase monopolista) corporação de mídia do País. Mas isso vale apenas para uma pequena parcela da sociedade. Sejam os midiatas em geral (incluído este repórter) ou gente da academia. Não, não é uma crítica velada ou aberta a quem quer que seja. Apenas colocando cada um no seu quadrado. Não sejamos ingênuos ou bobos. A população não percebe nada disso, tanto que vê o Lula na TV (Globo especialmente) todo o dia, desconhecendo o que poderia estar acontecendo por trás da telinha.

Lula e a Globo. A relação mudou - principalmente na comparação com governos anteriores. Mas, e daí?
Lula e a Globo. A relação mudou - principalmente na comparação com governos anteriores. Mas, e daí?

Dito isso, é evidente também que em algum momento o debate se espraiará. Daí a importância dele ter começado, não interessa onde, neste momento. É nesse sentido que me parece importante reproduzir aqui um artigo escrito por Dario Pignotti, publicado originalmente no jornal francês Le Monde Diplomatique e reproduzido no sítio Carta Maior. A foto é da Agência Brasil. Tenho a impressão que ele permite que se elucidem algumas questões que, mais adiante, poderá facilitar o entendimento do que estiver acontecendo. Acompanhe:

O embate entre o governo Lula e a rede Globo

No início da década de 1980, centenas de milhares de brasileiros cantaram em coro “O povo não é bobo, abaixo a rede Globo!”, quando a corporação na qual se apoiou a ditadura militar censurou as mobilizações populares contra o regime militar, utilizando fotonovelas e futebol para tentar anestesiar a opinião pública. Hoje, um segmento crescente do público brasileiro expressa seu descontentamento frente o grupo midiático hegemônico. Medições de audiência e investigações acadêmicas detectaram um dado, em certa medida inédito, sobre as relações de produção e consumo de informação: a credibilidade da rede Globo, inquestionável durante décadas, começa a dar sinais de erosão.

Contudo, é possível perceber uma diferença substantiva entre a indignação atual e o descontentamento daqueles que repudiavam a Globo durante as mobilizações de três décadas atrás em defesa das eleições diretas (1). Em 1985, José Sarney, primeiro presidente civil desde o golpe de Estado de 1964, obstruiu qualquer pretensão de iniciativa reformista relativa à estrutura de propriedade midiática e ao direito à informação, em cumplicidade com a família Marinho – proprietária da Globo, da qual, aliás, era sócio. O atual chefe de Estado, Luiz Inácio Lula da Silva, parece disposto a iniciar a ainda pendente transição em direção à democracia na área da comunicação.

No início de 2009, no Fórum Social Mundial realizado na cidade de Belém, Lula convocou uma Conferência Nacional de Comunicação. A partir daí, mais de 10 mil pessoas discutiram em assembléias realizadas em todo o país os rumos da comunicação e definiram propostas para levar para a Conferência, realizada de 14 a 17 de dezembro, em Brasília. “É a primeira vez que o governo, a sociedade civil e os empresários discutem a comunicação; isso, por si só, já é uma derrota para a Globo e sua política de manter esse tema na penumbra (…) O presidente Lula demonstrou estar determinado a instalar na sociedade um debate sobre a democratização das comunicações; creio que isso terá um efeito pedagógico e poderá converter-se em um…”

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