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Se foi. Morte de Antonio Carlos Magalhães marca o fim de uma era? É bem provável. Mas…

Já escrevíamos, na madrugada de domingo, dia 15 (confira aqui), que Antonio Carlos Magalhães dificilmente chegaria vivo aos 80 anos, que completaria em setembro. Já eram evidentes os sinais de que o velho cacique baiano não sobreviveria a mais uma internação longa, e as enfermidades se ampliavam.

 

A questão agora, é outra: a morte de ACM marca o fim de uma era? De caciquismo, caudilhismo e outros ismos, normalmente lideradas por homens de perfil autoritário, como ele – que já foi chamado de Toninho Malvadeza e, muito eventualmente, Toninho Ternura?

 

Eles estão todos morrendo, o que é verdade. Mas formam dinastias que, pelo menos, tentam prolongar o poder. O próprio ACM, numa excrescência do processo político brasileiro (que não foi sequer tocada na discussão da reforma política), tem como suplente o filho, do mesmo nome. E já colocou, com seu prestígio, o neto, também com a mesma assinatura, na Câmara dos Deputados.

 

É verdade que nem o neto, menos ainda o filho, têm a sabedoria de Antonio Carlos Magalhães, que o fez apoiar o regime militar, inclusive no que ele tinha de pior (a tortura e a supressão de todas as liberdades) e, mais tarde, ajudar a enterrá-lo, ao apoiar Tancredo Neves para a Presidência da República.

 

Ainda assim, é prematuro afirmar que a era terminou. Melhor esperar. No mínimo, é prudente.

 

Voltarei ao tema, provavelmente, na final de semana. ACM merecerá mais espaço, pela importância que teve, para o bem e (principalmente) para o mal, participação preponderante na política nacional na segunda metade do século passado.

 

SUGESTÃO DE LEITURAconfira aqui a reportagem “ACM será enterrado ao lado do filho, em Salvador”, de Heliana Frazão, do portal Terra.

 

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