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ELEIÇÃO 2010. Por que Aécio não seria vice de Serra? Porque Minas é o que importa

Aécio Neves prefere ficar em Minas, a ser vice. Razões são várias, mas todas mineiras, por certo

É, creia, um artigo bastante interessante, este que vou reproduzir logo abaixo. Trata-se de uma visão/explicação por que Aécio Neves não será candidato a vice-presidente da República, na chapa de seu partido, o PSDB, e que terá como líder o governador de São Paulo, José Serra. Tem muito a ver com política, claro. Mas, é o que parece, bastante mais a ver com as relações da política com Minas Gerais.

O autor é Mauro Santayana, e o texto foi publicado na coluna “Coisas da Política”, do Jornal do Brasil. Detalhe: em nenhum momento o nome de Serra é citado – embora paire sobre todo o artigo. Ah, e Santayana, veterano jornalista nascido nos anos 30, é mineiro. Pooois é. Vale a pena ler, garanto. A seguir:

Os arcanos da província

Os dirigentes paulistas do PSDB fecham o cerco, nestas horas, com o fim de constranger o governador de Minas a disputar a Vice-Presidência, na chapa do partido. Eles podem não conhecer as razões de Minas, mas Aécio Neves, até mesmo pelas circunstâncias familiares, as conhece bem, e sabe que não pode recuar. Ele parece entender que, tanto em seu projeto biográfico quanto na fidelidade a Minas, não pode ser candidato a vice, mesmo com as excelentes relações que sempre manteve com o governador de São Paulo. Não é uma postura pessoal, embora, em Minas, quando se trata de política, seja difícil separar o indivíduo de sua grei.

Os mineiros brigam entre eles, armam ciladas, dissimulam os sentimentos, são astutos pecadores e espertos em negócios. Eles podem eventualmente aceitar que seus conterrâneos sejam atacados e ofendidos, como pessoas comuns, mas se tornam ferozes quando qualquer mineiro é atingido pelo fato de ser mineiro. Quando isso ocorre, reagem com o sentimento tribal. Sentem-se tocados, porque se irmanam ao ofendido, na identidade comum de montanheses. E quando qualquer um deles, em nome de sua ambição, rompe esse compromisso consuetudinário de solidariedade da província, os conterrâneos não o perdoam. Podem continuar convivendo com o trânsfuga, tratá-lo com elegância, visitá-lo na enfermidade e assistir a seu enterro, mas os gestos, o olhar, o altear das sobrancelhas, o movimento involuntário dos lábios, o constrangimento, demonstram o que lhes vai no fundo da alma. Não se trata de sentimento de desprezo. É, mais do que isso, discreta manifestação de piedade.

É também certo que não basta nascer em Minas para ser mineiro, como também não é necessário nascer ali para imbuir-se do caráter da gente da terra. Esse caráter é o resultado do ceticismo, da dúvida, de natural aceitação da transcendência, e providencial desconfiança de que Deus e o Diabo (sobretudo o Diabo) realmente…”

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