De acordo com a versão online da seção “Radar” da ex-revista Veja, foram COMERCIALIZADOS no Brasil, em dezembro de 2009, nada menos que 293 066 veículos (automóveis e caminhões), o melhor dezembro da história do setor. Até então, o recorde era de 242 240, alcançado em 2007. No TOTAL do ano, foram exatas 3, 141 milhões de unidades. Em relação ao ano de 2008, foi um crescimento de 11,4%.
E em Santa Maria? Aqui, como diria o cara, “nunca antes” se vendeu tanto carro quanto em 2009. Por partes. Em dezembro, as revendas da cidade comercializaram, entre automóveis e comerciais leves, nada menos que 496 unidades – 20% mais que as 412 do mesmo mês, em 2008. E, no ano, foram nada menos que 5.634 veículos zero quilômetro postos a circular nas ruas, avenidas e estradas de Santa Maria e região. Isso significa exatos 32% além do desempenho do ano anterior, quando haviam sido vendidos 4.269.
CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS. Diante desses números, algumas conclusões se impõem. Uma são as causas para tamanho desempenho. Objetivamente, pelo menos duas podem se conjugar. A primeira poderia ser a histórica capacidade da classe média santa-mariense, basicamente composta por servidores públicos de renda certa e capacidade de planejamento de longo prazo. A segunda, que ajudou a primeira, foi a redução (ou até a eliminação, em boa parte do ano e para várias categorias automotivas) do IPI, acompanhada de juros muito baixos. O resultado foi o que se viu.
Quanto às conseqüências, há uma ótima, outra nem tanto. Na categoria alegre está o aquecimento permanente do mercado, oferecendo receita para as empresas e renda para o trabalhador. E todos consumindo em Santa Maria, o que acaba sendo bom para todo mundo. Já o lado triste foi constatar o quanto a cidade está despreparada (confira a foto, cedida pelo jornal A Razão) para receber tantos veículos em suas ruas estreitas, esburacadas e nada planejadas, tudo ao mesmo tempo.
O que impõe um desafio ao administrador público. Que nem de longe está conseguindo responder a ele, exceto por medidas necessárias, mas paliativas. Afinal, e sem falar nas motocicletas, das quais o sítio não dispõe dos números, são, só em automóveis e comerciais leves, nada menos que 25 quilômetros de carros circulando. É uma tarefa hercúlea – que, porém, tem que ser cumprida. E que será cobrada, claro.
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