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Observatório. Confira aqui a versão original da coluna publicada neste sábado, 30 de agosto

“SUPERCABOS ELEITORAIS OCUPAM O ESPAÇO”

 

 

VOCÊ DUVIDOU? Não deveria, com o devido respeito. Afinal, há duas semanas esta coluna já antecipava o que você está percebendo no rádio e na TV. Farret, por Schirmer, Lula e Valdeci por Pimenta, eis os supercabos eleitorais.

 

 

 

 “SUCESSÃO NA REITORIA, EBULIÇÃO NA UFSM”

 

 

Como a coluna antecipou semana passada, são pra lá de quentes os bastidores da sucessão na UFSM. Vale o que já está escrito: são dois candidatos em campanha para suceder Clóvis Lima, em meados de 2009.

 

Um, apoiado pelo próprio reitor, para quem, como Observatório noticiou dois meses atrás, vice Felipe Muller, oriundo do Centro de Tecnologia, é “o cara”. Outro, de oposição. Como há quatro anos. No caso, Paulo Burmann, do Centro de Ciências da Saúde.

 

Agora, em torno deles, ou ao lado, e especialmente abaixo de ambos, muita, mas muuuita intriga. Tudo isso faz o clima esquentar, no campus e fora dele. Com direito a muitos boatos e algumas verdades. Coisa que aqui se buscará, tomara com sucesso, esclarecer.

 

 

 

 “TERCEIRA VIA, UMA HIPÓTESE IMPROVÁVEL”

 

 

Não é verdade que Jorge Cunha, atual pró-reitor de Graduação, possa substituir Felipe Muller, como candidato. É, provavelmente, uma das intrigas. Cunha não será sequer vice. Apenas apoiará o nome da situação, que, pode anotar, deverá ser o atual diretor do Centro de Ciências Rurais, Dalvan Reinert. Embora existam outros que, se convidados, aceitariam na hora secundar Muller.

 

É verdade que, pessoalmente ou através de terceiros que o “inticam”, Rogério Koff, atual presidente da Fatec, e diretor do Centro de Ciências Sociais e Humanas, cogitou ser a terceira via. Não será. Mas ninguém descarta uma composição com Burmann. Afinal, Koff é jovem o suficiente para esperar sua vez. De inhapa, a chapa oposicionista teria representantes dos dois maiores centros da instituição. A dupla se viabilizará? É até provável, mas não certo.

 

 

 

“EX-REITOR SARKIS, FATOR A SER CONSIDERADO”

 

 

O ex-reitor Jorge Sarkis pode estar com o prestígio arranhado, mas segue detendo expressiva influência política no interior da Universidade. Seria uma estupidez concluir que ele e seus aliados não se apresentem à luta, por mais que o desgaste seja real. Não há cacife, aparentemente, para uma candidatura solo. Mas, na oposição, sobra quem não descarte, e até deseje, o apoio dele. Há quem queira, no campus, dar a essa situação o status de pura intriga. Mas até isso é interpretado como sinal de respeito pelo poder eleitoral – não se sabe em que medida – que representa a figura do ex-reitor.

 

Objetivamente, é cedo para decisões definitivas sobre alianças e seus desdobramentos. No entanto, também talvez já seja demasiado tarde, dados os fatos disponíveis ao analista. Mesmo que bissexto.

 

 

 

“APOSTA: MIDIÁTICOS NÃO REPETEM 2004”

 

 

A seção “Não custa lembrar”

 

 

Em 30 de outubro de 2004:

 

“A bancada do microfone perde um quarto de seus integrantes no Legislativo. Dos quatro atuais – Paulo Sidinei, Marcelo Bisogno, Clédio Calegaro, Isaías Romero – só Romero, aliás em quem ninguém apostava um tostão furado, inclusive na Câmara, conquistou uma vaga para mais quatro anos, do alto de seus 2.056 sufrágios. Mérito único e exclusivo dele, como já se registrou. Vão-lhe fazer companhia o campeão de votos, João Carlos Maciel, do PMDB, e o petista Loreni Maciel.  Com isso, três serão os membros da bancada dos comunicadores…”

 

Hoje:

 

O texto ao lado, de 4 anos menos 2 meses atrás, é o início da nota “Quarteto radiofônico vira trio”, publicada logo após o pleito passado. E apontava, também, que os midiáticos somados, eleitos ou não, fizeram 14,69% dos votos. Dos quatro, só o então reeleito concorre agora. Os demais não fazem nova tentativa. E o trio busca outro mandato, na companhia de não muitos colegas. A ponto de ser possível afirmar, com boa dose de certeza, que os radiofônicos dificilmente repetirão desempenho. Afinal, 14,69% significam algo como 25 mil votos. Que tal?

 

 

 

 “QUE TAL DAR UM PONTAPÉ NA DEMAGOGIA!”

 

 

A seção “Luneta”

 

 

De fonte muuuito boa: o pesadelo da Fatec e da Fundae está beeem longe de terminar. Afinal, ainda há procedimentos em curso e que tiram o sono de muita gente.

 

Vereadores solicitaram, e o presidente da Câmara, Vilmar Galvão, topou. Assim, retirou-se da pauta, para ajustes, projeto que reduzia mesmo que de forma limitada, a farra das comendas e medalhas instalada na atual Legislatura.

 

Um dos pretextos para o pedido chega a ser risível: os vereadores eleitos em outubro também têm o direito de opinar. Mas, e os atuais estão lá pra quê?

 

Tradução claudemiriana: os edis querem manter o poder de homenagear a torto e a direito, misturando justos (são muitos) e injustos (começam a aumentar), O resto? Ora, é o resto.

 

Atenção, ouvintes e telespectadores dos programas dos candidatos de outubro: não leve muito a sério os dados numéricos utilizados em vários discursos.

 

Tem havido, pode acreditar, muito chute. Números e estatísticas são jogados ao léu. Quase na tática do “se colar, colou”. Creia, se quiser. Mas o risco de ser iludido não é desprezível.

 

Isso sem falar num problema recorrente e já citado aqui, semana passada. Candidatos a vereador, de toooodos os partidos, fazem promessas que não são sequer da alçada dos prefeitos, que dirá dos parlamentares.

Melhorou, mas não muito, a correção das legendas dos programas de campanha eleitoral pela televisão. Depois do desastre das primeiras edições, erros reduziram-se bastante. Mas equívocos de digitação persistem.

 

Bem que a gente poderia bolar uma campanha, só aqui entre nós. Entre o colunista e o leitor: “dê um pontapé na demagogia”. Com certeza, o parlamento ganhará. E a sociedade também. Que tal?

 

Tem chamado a atenção de muita gente a disposição de Jose Farret para a cabala de votos de porta em porta. No caso de aliados, com surpresa. Para adversários, com preocupação.

 

Só uma perguntinha: quais serão os próximos graúdos a apareceram no proselitismo eletrônico dos concorrentes à prefeitura. Os miúdos (e eles são muito importantes) não falham um dia sequer.

 

Você também pode encontrar este colunista diariamente às 7h45, e ao meio dia, na rádio Antena 1; e a qualquer momento no site www.claudemirpereira.com.br.

 

 

                       

“TRUNFOS EXTERNOS COMEÇAM A SER UTILIZADOS”

 

 

Germano Rigotto, ex-governador, Pedro Simon, senador e ex-governador. Ambos foram reforços de alto coturno de Cezar Schirmer para a campanha de rua e, claro, tiveram sua imagem explorada no rádio e na televisão.

 

A ministra Dilma Rousseff, a “mãe”, em mensagem gravada com o candidato (e neste sábado de corpo presente), e Lula, o “pai” do PAC, através de fotos em que ambos aparecem juntos. Essas foram as grandes aparições da semana, nos programas de Paulo Pimenta.

 

Enfim, as maiores alianças começam a desembainhar as armas externas com as quais contam para engordar suas algibeiras de votos. Resta sabe se a terceira, Sandra Feltrin, também contará com o apoio das estrelas nacionais da Frente de Esquerda. São poucas, talvez, mas também existem.

 

 

“É PRECISO IR À CASA DE TODOS OS ELEITORES”

 

 

Candidato a prefeito da década passada (Sérgio Blattes, para ser preciso) disse ao colunista que a campanha no rádio e na TV talvez não eleja. Mas, certamente, pode derrotar. Por aí, nesse 2008, passados os primeiros dez dias de proselitismo eletrônico, tudo zero a zero. É possível, aliás bastante provável, que o discurso se acirre, e alguém possa perder. Não é o caso, ainda. O equilíbrio, guardadas as diferenças entre os principais contendores, é a marca desses 15 minutos iniciais da partida.

 

Então, o que poderá fazer a diferença, no restante do confronto? Que mudança “tática” determinará o vitorioso? Além, claro, de possível “lance” midiático ainda indisponível. Um só, qualquer veterano em campanhas políticas poderá dizer. Sim, o velho e sempre eficiente corpo-a-corpo. Que não é, creia, apenas marca de creme de beleza.

 

O contato direto, o aperto de mão, a disposição (mesmo que a alguns possa parecer oportunismo, e sempre há cidadão que assim pense) de se mostrar para o eleitor que, sim, ele existe, é de carne e osso e é capaz de ouvi-lo. Tudo isso passa a ser fundamental numa disputa que se percebe bastante acirrada.

 

Aparentemente, as duas dobradinhas maiores – com o respeito devido ao aguerrimento, mas sem militância suficiente para esse tipo de enfrentamento, da terceira – já notaram. E é provável que os candidatos contatem diretamente boa parte dos eleitores. Isso é bom, para ele. E vital, para os concorrentes.

 

EM TEMPO. Certa feita, um veterano de muitas eleições (está nesta também) garantiu ao repórter iniciante: “é preciso ir à casa de todos, se possível. Nem que seja para, no caso de derrota, impedi-lo de dizer, depois, que não votou em você porque não foi visitado.”

 

 

 

 

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