ELEIÇÕES 2010 (2). Enquanto isso, o PT avança suas colunas na guerra presidencial

O título desta nota, que acredito explica o que você lê adiante, é provavelmente uma homenagem ao excelente livro “Os senhores da Guerra”, de José Antônio Severo, que me foi emprestado pelo amigo Armando Ribas e que trata de uma das muitas revoluções gaúchas a opor chimangos e maragatos. Retrata o Rio Grande político/bélico dos anos 23 e 24. Fantástica obra, que conta um pouco do que foi, por exemplo, o “Dr Bozano”.

Mas (o título) retrata, armas a parte, o que está acontecendo também agora, nos primórdios da campanha pela sucessão de Lula. E mostra um PSDB acanhado, quase inerme, e até parado (quando vê sua parceria Demo se esvair). Em contraponto, um PT ativo pró-Dilma Rousseff. Exagero? Leia então a coluna “Coisas da Política”, do Jornal do Brasil, assinada pelo jornalista Cristian Klein. A foto é de José Cruz, da Agência Brasil. A seguir:

“A caravana passa. E os tucanos assistem

O fim do Carnaval marca o momento em que o ano efetivamente começa para valer no Brasil. E 2010 é um ano eleitoral. Dos mais importantes, pois se prevê uma acirrada disputa pela Presidência da República, talvez a maior desde 1989. Os pré-candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), líderes nas pesquisas, aproveitaram a festa momesca para aparecer e divulgar suas imagens. Aliás, nada menos a ver com o perfil dos dois concorrentes do que a empolgação do Carnaval. Mas política é a arte da dissimulação, não tem jeito. E há dissimulações piores e mais daninhas. O populismo, aquele sorriso armado no rosto, é uma característica dos políticos profissionais em qualquer democracia, tanto aqui, nos Estados Unidos, quanto na gélida Islândia.
Pois o Carnaval acabou, e a impressão ainda é a de que o ano só começou para um dos lados da disputa. Mal terminada a folia, o noticiário foi dominado pelos movimentos do governo e do Partido dos Trabalhadores. Os tucanos, como diria a letra de Ideologia, de Cazuza e Frejat, assistem a tudo em cima do muro, ou da copa de alguma árvore da selva eleitoral.
Os últimos dias foram tomados pelas discussões em torno do que sairia, que propostas de governo seriam aprovadas pelo 4º Congresso Nacional do PT e como seria o pré-lançamento da candidatura da ministra-chefe da Casa Civil. Foi um grande fato político, rico em sinais que deram margem a todo tipo de interpretações. O PT, depois do pragmatismo necessário para alcançar o poder e da liderança moderada de Lula, dará uma…”

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