Navalhaço (2). Dos quase 50 presos, já são 10 os que conseguem (?) dormir na própria cama
É verdade que alguns tubarões não foram tocados pelos policiais federais. Menos ainda usaram algemas. Mas estão na berlinda. E alguns ainda ficarão. É o caso do governador maranhense Jackson Lago (PDT), que por um triz não teve a prisão decretada. Como também é o do Chefe do Executivo alagoano, Teotônio Villela Filho (PSDB). E o do ex-governador de Sergipe, João Alves Filho (DEM).
Esses três, mais o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, do PMDB (que merecerá nota a parte, que publicarei imediatamente antes desta), são claramente alvo das investigações da Polícia Federal. Mas, do ponto de vista pessoal, estão mais confortáveis, digamos assim, que o ex-governador do Maranhão, José Reinaldo Tavares, do PSB. Este passou pelo menos 48 horas no xilindró. O que, mesmo com as eventuais mordomias, não deve ser coisa exatamente agradável.
Aliás, há outros que, embora livres, começam a ter seus nomes divulgados, inclusive por vazamentos de gente da própria PF. Nessa situação estaria um sobrinho de Antonio Carlos Magalhães, Paulo Magalhães, do DEM baiano.
É, convenhamos, ecumênica essa tal de corrupção. O que dificulta, como escreverei mais tarde (em nota específica, em seguida) inclusive a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito. A impressão que se tem é que não há inocentes. Ou, por outra, que há culpados em todas as grandes agremiações políticas.
E são ecumênicas também as liberações. Dos 47 inicialmente presos, 10 já estão na rua. Se conseguirem, claro. Como tem endereço fixo, atividade conhecida, e blá-blá-blá e blá-blá-blá, e seus depoimentos já foram tomados, foram liberados e vão responder ao inquérito (e provável processo) em liberdade.
Só que, desconfia-se, mais gente ainda há de lotar as dependências carcerárias da Polícia Federal, em Brasília. Ou alguém duvida?
SUGESTÃO DE LEITURA – confira a reportagem No Paraguai, Lula cobra explicações de Rondeau, publicada pela Agência Estado, em que você encontra um bom resumo das ações da PF na chamada Operação Navalha.
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