MAIS AÇÃO. Compromisso só acaba quando bombeiros estiverem aparelhados, diz presidente do Funrebom
Será que agora vai? Nããão sei. Mas que há uma nítida mudança de comportamento em relação ao grave problema dos bombeiros de Santa Maria, totalmente desaparelhados para atender à comunidade, não existe dúvida.
Confira, a propósito de reunião acontecida nesta terça-feira, no grupamento local da corporação, material distribuído pela assessoria de comunicação da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), cujo presidente, Paulo Ceccim, acumula também a presidência do Funrebom. A seguir:
“Funrebom propõe ações imediatas
A primeira reunião de trabalho do Fundo de Reequipamento do Corpo de Bombeiros (Funrebom) ocorreu no final da manhã desta terça-feira, no quartel do Corpo de Bombeiros. O encontro, que contou com as presenças de todos os integrantes do Conselho Diretor, resultou em diversos encaminhamentos imediatos, na busca por soluções para as dificuldades enfrentadas pelos bombeiros.
As reuniões do Funrebom passarão a ter periodicidade quinzenal, sendo que a próxima (em função do Carnaval) ficou agendada para a terça-feira 23 de fevereiro, às 11h, na sede da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (CACISM). Segundo o presidente do Funrebom, Paulo Ceccim, “não podemos sossegar. Nosso compromisso só termina quando o Corpo de Bombeiros estiver aparelhado, com efetivo e em perfeito funcionamento”.
A partir de Planejamento de Necessidades para 2010 – apresentado pelo responsável pelo 4º Comando Regional de Bombeiros, major Daniel Adriano – foi definida pela especificação, pelos próprios bombeiros, dos itens a serem sanados com os recursos já arrecadados pelo Funrebom. A relação, que prevê necessidades de curto a longo prazos, contempla de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) a veículos, totalizando mais de R$ 8 milhões. Dentre as aquisições a serem concretizadas, previstas no levantamento, está a almejada autoplataforma, caminhão que permite o atendimento pleno a incêndios em prédios de cerca de 20 andares.
Também estão programadas ações como: a formalização de proposta à prefeitura municipal para que avalie a possibilidade da destinação, em caráter excepcional em 2010, de R$ 1,00 para cada R$ 1,00 arrecadado pelo Funrebom; o convite aos prefeitos de município abrangidos pelos bombeiros para que se somem ao esforço conjunto; e a mobilização da comunidade para a causa, reforçando a possibilidade de doações monetárias em conta específica. Para os próximos dias está previsto o agendamento de reuniões em esferas que possam contribuir na busca por soluções, como com o deputado federal Paulo Pimenta.
Outra ação já encaminhada é um encontro com síndicos de prédios com mais de seis andares, conforme convite encaminhado em correspondências distribuídas pela cidade. Será na quinta-feira, às 20h, na sede da CACISM. A oportunidade servirá para que os bombeiros explanem sobre a situação atual e a precariedade no atendimento a sinistros. As confirmações de presença devem ser feitas pelo telefone 3222-7600 ou e-mail [email protected].”
Diante da mobilização, que já é uma realidade, e do estabelecimento de medidas concretas que vem sendo apresentadas, acredito plenamente na melhoria considerável da condição do Corpo de Bombeiros de Santa Maria. Entretanto, uma consideração deve ser feita. Tão incisivas quanto as medidas que vem sendo propostas deve ser a cobrança de ações do governo do Estado, verdadeiro responsável pela situação deplorável que se encontra os bombeiros não só em Santa Maria. Estranhei que entre as medidas discutidas na primeira reunião de trabalho do FUNREBOM, conforme nota da CACISM, não esteja definida nenhuma ação junto ao governo do estado.
Quanto a proposta a ser encaminhada para a prefeitura para a destinação de recursos municipais na ordem de R$ 1,00 para cada R$1,00 arrecadado pelo FUNREBOM sou radicalmente contra, a não ser que este valor seja descontado de alguma forma, através de um encontro de contas, de compromissos da prefeitura com o governo do estado. Caso contrário, estaremos, mesmo que de forma mascarada e temporária, “municipalizando” a segurança pública, dever do estado.