RIO JACUÍ. Comissão vai acompanhar o cronograma das obras na ponte e em rodovias da região

POSTADO POR Maiquel Rosauro

Representantes da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística e do Departamento Estadual de Estradas e Rodagem (Daer) apresentaram na Comissão de Serviços Públicos as ações e projetos para a reconstrução da ponte sobre o rio Jacuí, entre Agudo e Restinga Seca, e restauração da RSC-348, entre Agudo e os municípios que compreendem a Quarta Colônia de Imigração Italiana no Rio Grande do Sul. A reunião, proposta pelo presidente da Comissão, deputado Fabiano Pereira (PT), aconteceu no final da tarde de terça-feira (9).

Para Fabiano Pereira, o objetivo do encontro foi alcançado. “As lideranças e comunidades da região ficaram informadas sobre as alternativas e prazos do governo do Estado para a recuperação das estradas”, disse. O parlamentar também garantiu que a Comissão acompanhará em parceria com as prefeituras o cronograma de execução proposto pelo governo gaúcho.

A queda da ponte sobre o rio Jacuí, localizada na RSC-287, no início de janeiro, trouxe prejuízos sociais e econômicos às comunidades dos municípios atingidos pelo temporal. Na RSC-348, houve queda das cabeceiras de duas pontes entre Agudo e Dona Francisca.

Ações
O secretário adjunto de Infraestrutura e Logística, Adalberto Silveira Netto, explicou as três principais ações do governo para recuperar as rodovias da região Central. Segundo ele, já iniciaram os estudos técnicos para a reconstrução da ponte sobre o rio Jacuí e o prazo para a conclusão da obra é de 10 meses a um ano.

Netto informou que até o início de março entrará em operação uma balsa, com capacidade para 300 toneladas, com operação 24 horas por dia, que priorizará o transporte de veículos pesados. “Ela deverá operar próximo ao local da queda da ponte e o serviço será gratuito à população”, frisou. O governo anunciou ainda que vai firmar convênio com as prefeituras de Restinga Seca e Agudo para a recuperação de duas estradas vicinais que dão acesso ao local da balsa.

A terceira ação refere-se às restaurações da RSC-348, entre Agudo e os municípios que compreendem a Quarta Colônia de Imigração Italiana; da RS-149, que dá acesso à RS-287; e da RS-287, entre Paraíso do Sul e Santa Maria. Também estão previstas a recuperação dos aterros laterais das rodovias e a recomposição das cabeceiras de duas pontes entre Agudo e Dona Francisca. “O desvio por essas rodovias será voltado ao tráfego de veículos leves”, enfatizou Netto. O diretor de Obras do Daer, Jeferson Couto, afirmou que esses trechos deverão estar concluídos em 90 dias.

Debate
O prefeito de Restinga Seca, Tarcísio Bolzan, quer agilidade na execução das obras. “Queremos a reconstrução das pontes e melhorias nos acessos e atalhos às rodovias”, disse. Segundo Bolzan, além das perdas afetivas, a comunidade da região também está sofrendo com os prejuízos na agricultura. O setor orizícola perdeu 50% da sua produção.

Já o administrador municipal de Agudo, Ari da Anunciação, manifestou satisfação ao saber que as obras das cabeceiras das duas pontes na RSC-348 serão imediatamente executadas. “Toda a comunidade da região está ansiosa para a recuperação dos acessos. A economia e o transporte da região dependem dessas rodovias”, declarou o prefeito, por telefone, à Agência de Notícias da Assembleia.

O coronel do Exército, Marcelo Cantagalo dos Santos, informou que, como já se passaram 30 dias do ocorrido, o Exército não trabalhará na construção de pontes operacionais na região.

O resgate das vítimas e o controle da área afetada pelo temporal foram relatados pelo subchefe estadual da Defesa Civil, major Aurivan Chiocheta. “A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros estiveram desde do início acompanhando e trabalhando nas buscas e salvamentos”, lembrou.

Participaram do debate os deputados Frederico Antunes (PP), Alceu Moreira (PMDB), Zilá Breitenbach (PSDB), Edson Brum (PMDB) e Gilberto Capoani (PMDB). Estiveram presentes lideranças de Santa Maria, Restinga Seca, São João do Polêsine, Tupanciretã, São Martinho da Serra, Formigueiro, Toropi, Ivorá e Silveira Martins.

Fonte: Daniela Bordinhão – Agência de Notícias