ELEIÇÕES 2010. Nos bastidores, ou nem tanto, indefinição agora é sobre vices
Se sabe, com certeza, que haverá três candidatos competitivos (ou pelo menos com visibilidade, no caso de um deles) à Presidência da República. Protagonistas são a petista Dilma Rousseff, pró-governo; e o tucano José Serra, oposição. Híbrida, mas se colocando como oposicionista, há a neo-verde Marina Silva, fundadora do PT. É possível, mas já é dado como improvável, que Ciro Gomes, do PSB, também concorra. Todos os demais que se apresentarem, vão apenas ocupar espaço no rádio e na televisão, mais nada.
Dito isto, a pergunta passa a ser outra, nesse momento em que as chapas se encaminham para o fechamento – o que deve acontecer, no máximo, até meados de junho. Então, quem vai coadjuvar Dilma, Serra e Marina e, taaaalvez, Ciro? Quem escreve a respeito é o veterano analista político Carlos Chagas. A foto é de José Cruz, da Agência Brasil. Acompanhe:
“Indefinição dos vices
Com as pesquisas eleitorais desenhando em cores firmes o perfil da disputa pela presidência da República, a hora seria de as atenções se voltarem para a escolha dos candidatos à vice-presidência. Não que os companheiros de chapa, através dos anos, signifiquem avalanchas de votos capazes de decidir a parada maior. Mas ajudam, em especial para as alianças partidárias. Até agora, porém, só nos deparamos com equações inconclusas.
Quem será, por exemplo, o vice de Dilma Rousseff? A situação, no caso, está de vaca não conhecer bezerro. Antes da última pesquisa da Datafolha o PMDB impunha preencher a vaga sem medo de contestações do palácio do Planalto. A chave para o sucesso da candidata estava no apoio do maior partido nacional. Seu presidente, Michel Temer, pairava absoluto, apesar da má vontade do presidente Lula, que chegou a sugerir uma lista tríplice. Na verdade, queria garfar o deputado paulista, por quem não morre de amores. Mesmo assim, admitia a hipótese. As coisas mudaram quando Dilma encostou em José Serra, nas consultas populares. Assim permanecem as especulações, responsáveis por sutil raciocínio nos acampamentos do PT e do governo: para que fazer concessões aos aliados se temos aberta a avenida da vitória conquistada por nossas próprias forças?
Quer dizer, para eleger-se, a ainda chefe da Casa Civil não precisaria do PMDB, podendo o primeiro-companheiro impor outro nome peemedebista, como Henrique Meirelles, ou até alguém de fora, como Ciro Gomes. Assim delineia-se um impasse, para indignação de…”
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SUGESTÃO ADICIONAL – confira aqui, se desejar, também outros artigos produzidos pelo jornalista político Carlos Chagas.
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