FALA, CAMOBI! Cacism reúne 60 pessoas e debate (falta de) estrutura do bairro

Foi na noite de quarta-feira, no salão de festas do Santuário Diocesano do Espírito Santo. Cerca de 60 empresários estiveram presentes. O assunto: a (falta de) estrutura do bairro Camobi que, se município, seria um dos mais populosos do Estado, com seus cerca de 40 mil habitantes – todos desejos de melhorias que signifiquem qualidade de vida e desenvolvimento.

Os resultados do encontro, promovido pela Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), você encontra no material produzido pela assessoria de comunicação da entidade. O texto e a foto são de Letícia Sarturi Isaia. Acompanhe:

“CACISM se reúne com empresários de Camobi

Implantação de sistema de esgoto e duplicação da BR-509, a Faixa Velha, foram os principais pontos debatidos ontem à noite, em reunião promovida pela Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (CACISM) e empresários de Camobi. Cerca de 60 pessoas compuseram a grande mesa de reuniões montada no salão de festas do Santuário Diocesano do Divino Espírito Santo, mais conhecido como Igreja do Amaral. A estratégia, que nos próximos meses se repetirá em outros bairros e volta a Camobi em julho e em novembro, lançou a proposta “CACISM por Santa Maria”, que procura aproximar a entidade de empresários de toda a cidade.

“Camobi tem, hoje, uma população estimada entre 35 mil e 40 mil pessoas. Se município fosse, estaria entre os 50 mais populosos do Rio Grande do Sul. Tem de ter infra-estrutura adequada para isto”, salientou o presidente da CACISM, Paulo Ceccim, que abriu a reunião e coordenou o encontro. Diretores da entidade também trouxeram à discussão assuntos que estão no âmbito das preocupações empresariais. Rodrigo Décimo abordou questões trabalhistas, como a Portaria nº 1.510, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que altera o registro de frequencia dos funcionários; Renor Beltrami discorreu sobre mudanças e impactos da nova legislação ligada ao Fator Previdenciário (FAP); Luiz Fernando Pacheco falou sobre construção civil, em especial, acerca da demora para a obtenção de informações urbanísticas junto à prefeitura; e Marcelo Zampieri focou questões tributárias.

Camobi tem um problema histórico envolvendo a rede de esgotos. Para explicar sobre as ações da Corsan em relação à questão, estavam presentes os engenheiros José Viegas e André Beltrão (Finamor), este, superintendente de Relações Institucionais da Corsan. Além do levantamento das ações desenvolvidas desde 1996, eles enfatizaram a necessidade de investimentos para a realização de obras que resolvam tal problemática. Uma informação importante revelada é que o projeto de 1999, que estava em discussão até o ano passado, agora foi descartado, sob a argumentação de que estava desatualizado. Um outro projeto, orçado em cerca de R$ 42 milhões e envolvendo outra sistemática de manejo do esgoto, é apontado como uma solução. “Nos próximos anos, está plenamente funcionando e as necessidades supridas”, disse Viegas.

O secretário extraordinário de Integração Regional e Relações Institucionais, Jorge Pozzobom, entregou a Paulo Ceccim uma cópia do orçamento para a obra de duplicação da BR-509, Faixa Velha de Camobi, totalizada em R$ 28,7 mil. Conforme Pozzobom, esse assunto está sendo tratado diretamente pelo prefeito Cezar Schirmer junto ao governo estadual. O mês de abril é apontado como prazo para o desfecho da questão, considerando a possibilidade de repasse dos valores para o município, através de convênio, e municipalização do trecho.

Com a palavra, os empresários da região

O empresariado de Camobi, fortemente representado no encontro, fez diversos apontamentos sobre questões que atrapalham o dia-a-dia dos negócios. Os questionamentos serão analisados pela CACISM, que se comprometeu a dar os encaminhamentos pertinentes.

As principais reivindicações apresentadas são: melhorias nas paradas de ônibus e no transporte coletivo, oferecendo melhores condições de trafegabilidade; alteração nos horários da prefeitura (setor de obras), bem como a descentralização do atendimento; criação de um sistema elevado no trecho envolvendo o Trevo do Castelinho; críticas aos pardais escondidos e lombadas, assim como a demora na sinaleira com Avenida Osvaldo Cruz, que provoca filas e prejudica o trânsito; alteração de alguns nomes de destino nos ônibus para facilitar o reconhecimento; incentivo para locais com calçamento em bom estado, diferente daqueles, como os terrenos baldios onde muros e calçamentos são precários.”

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