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CIÊNCIA. Com uma técnica pioneira, UFSM inova na pesquisa de clones de erva mate. Veja o resultado!

Parceria com ‘Ibramate’ garante mudas para todo Estado do Rio Grande do Sul

Jardim clonal de erva-mate do Departamento de Fitotecnia, do Centro de Ciências Rurais (Foto Ana Alícia Flores/Divulgação)

Por Ricardo Bonfanti / Da Agência de Notícias da UFSM

A UFSM e o Instituto Brasileiro de Erva-Mate (Ibramate) firmaram parceria que tem como foco a pesquisa com clones de erva-mate. Com a utilização de uma técnica na qual a Universidade é pioneira, a intenção é atingir um novo patamar no que se refere à produção destes clones, beneficiando, por meio de tecnologias de clonagem, toda a cadeia produtiva.

O professor do Departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências Rurais (CCR) Dilson Antônio Bisognin, coordenador do projeto e líder do Grupo de Pesquisa em Melhoramento e Propagação Vegetativa de Plantas, explica que o principal objetivo é estabelecer clones da cultura utilizando a técnica de miniestaquia e disponibilizá-los para os produtores, em parceria com o Ibramate e empresas ervateiras do Rio Grande do Sul.

Embora a UFSM já tenha diversos trabalhos desenvolvidos com indústrias do setor, a parceria com o Ibramate é mais recente: este é o segundo projeto em conjunto, com aporte de R$ 60 mil provenientes do Fundomate e prazo de duração de 24 meses. Mas o professor explica que, considerando o tempo necessário para o desenvolvimento das plantas, os resultados desses materiais poderão ser consolidados no prazo de oito a dez anos. Portanto, trata-se de um estudo de médio a longo prazo.

Histórico consolidado

A UFSM já tem um histórico consolidado neste ramo. De acordo com Bisognin, os estudos com erva-mate no Campus Sede remontam ao início dos anos 2000, inicialmente com orientação de alunos de pós-graduação. Atualmente, no jardim clonal de erva-mate do Departamento de Fitotecnia, já são produzidas mudas. Recentemente foi concluído outro projeto, também em parceria com o Ibramate, voltado ao estudo da concentração de fitoquímicos no produto e de como isso varia nos diferentes polos ervateiros. “Aqui no Campus Sede, a erva-mate é tratada em diversos aspectos dentro da cadeia produtiva, vinculado a produtores e à indústria. Estamos buscando as principais demandas da cadeia e tentando resolvê-las”, ressalta.

Centralizadas no Departamento de Fitotecnia do CCR, especialmente no Laboratório de Melhoramento e Propagação Vegetativa de Plantas (MPVP), as pesquisas relacionadas à erva-mate são interdisciplinares. O Departamento de Química, por exemplo, é parceiro para a análise de fitoquímicos e outros compostos existentes no produto, enquanto no Departamento de Solos também são realizadas análises. Já com o Setor de Paisagismo, a parceria é para a utilização da erva-mate na recomposição de áreas com plantas nativas.

Pós-graduandos do MPVP: Chakira Londero, Larissa Bittencourt e mestrando Antônio Lunkes (Foto Ana Alícia Flores/Divulgação)

O trabalho é realizado principalmente por alunos de graduação e de pós-graduação em Engenharia Florestal da UFSM. Alguns conduzem seus projetos de dissertação e tese apoiando estes convênios firmados. Parte do projeto de mestrado da aluna Denize Gazzana, por exemplo, foi fundamental tanto para o desenvolvimento de novos clones quando para o aprimoramento da técnica de miniestaquia para a produção de mudas de erva-mate.

Estudos genéticos e a quantificação de fitoquímicos e pigmentos em folhas de plantas em produção em polos ervateiros são partes dos projetos de mestrado da Chakira Londero e de doutorado de Larissa Bitencourt junto ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal.

“É gratificante entender como uma espécie que está presente em nossa vida desde a infância pode nos trazer diversos benefícios, e compreender os processos pelos quais isso ocorre”, afirma Chakira, que é formada em Engenheira Florestal pela UFSM Campus Frederico Westphalen e há poucos dias defendeu a dissertação intitulada “Composição de fitoquímicos e pigmentos em plantas de erva-mate cultivadas no RS”.

Já Larissa estuda a variabilidade e estrutura genética da erva-mate em produção comercial no Rio Grande do Sul. “Conhecer a variabilidade genética e como se dá a sua distribuição nas populações é importante para definirmos estratégias de melhoramento para o desenvolvimento de novas cultivares, principalmente clonais, o que é inovador para a cadeia produtiva da erva-mate”, afirma a doutoranda…”

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