TRANSPORTE COLETIVO. O que está provocando dificuldades nesse início do SIM, segundo as empresas
Recebi, e publico na íntegra, nota divulgada pela Associação dos Transportadores Urbanos de Santa Maria (ATU), assinada pelo presidente da entidade, o empresário Luiz Fernando Maffini. O assunto são as dificuldades (e algumas queixas específicas dos usuários) nesses primeiros momentos de implantação do Sistema Integrado Municipal (SIM). Confira:
“TRANSPORTE COLETIVO-
FATORES QUE INFLUENCIAM NA OPERAÇÃO DAS LINHAS
A Associação dos Transportadores Urbanos de Passageiros de Santa Maria (ATU) está sempre buscando medidas para qualificar e facilitar os deslocamentos dos usuários do transporte urbano do município. O sistema SIM (Sistema Integrado Municipal) é prova de que, em curto espaço de tempo, qualificaremos ainda mais o transporte coletivo.
Muitas vezes recebemos críticas em relação às lotações dos veículos e maior demora nos percursos. Entre as razões para os atrasos, identificamos e queremos mostrar aos usuários um pouco dessa realidade. As obras em rodovias locais têm gerado sérios problemas nas execuções dos trajetos, especialmente nas linhas que atendem CAMOBI, UFSM, BR 158 e a saída para SÃO PEDRO DO SUL.
Com isso, a execução das tabelas de horários e a operação das linhas sofrem sérios transtornos. Não é possível responsabilizar somente as empresas operadoras. Atualmente, as melhorias nas rodovias da região deixam o trânsito lento, moroso, pois se libera mão única, ou seja, interrompe-se um sentido da via. Isso acontece de forma alternada, dificultando a circulação dos ônibus e veículos que aguardam a liberação e autorização para continuar seu percurso após 15, 20, 25 minutos de longa espera. Somos totalmente favoráveis às melhorias no sistema viário e nas rodovias, mas cabe sugerir ao DAER, DNIT que determinem às empreiteiras, que atuam nas obras, que a interrupção do fluxo de veículos nas rodovias (ida e volta) seja dotada de critérios. Um exemplo: o tempo de espera, em qualquer um dos sentidos das rodovias, não ser superior a cinco e seis minutos. Essa medida favoreceria, na verdade, não só aos ônibus e seus usuários, mas aos veículos que prestam atendimento de urgência, entre outros.
Podemos citar outro exemplo: Na Rua Sete de Setembro, o trem interrompe o fluxo dos ônibus por diversas vezes no dia, em períodos de quinze, vinte e até trinta minutos. Com o túnel, a ser inaugurado e liberado brevemente, teremos solução para esse problema que se arrasta por anos a fio.
Por fim, o trânsito em Santa Maria e também em outras das cidades do Rio Grande do Sul sofre influências e reflexos. Os municípios apresentam um crescente aumento no número de veículos o que é visível para a comunidade. Em Santa Maria, no ano de 2009, entraram em circulação 10.132 veículos (Fonte: DETRAN, IBGE). Com este acúmulo de veículos, principalmente de passeio, geram-se engarrafamentos e os mais variados transtornos. Para o usuário do ônibus o tempo de espera passa a ser maior.
Luiz Fernando Maffini
Presidente da Associação dos Transportadores Urbanos de Passageiros de Santa Maria (ATU) “
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Respeitáveis os fatores apontados pelo presidente da ATU, mas excetuando o referente às obras em rodovias os outros fazem parte do dia-a-dia e não são necessariamente novidades para que sejam responsabilizados pelas dificuldades para o início do SIM. Mas como o Sr. Fernando Maffini afirma: “Não é possível responsabilizar somente as empresas operadoras.”, mas a responsabilidade das mesmas também pode ser reduzida.