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DO MOSAR. Um alerta para extinção do consulado uruguaio, desdém com a Rede Mercocidades e situação da Santa Fé Vagões

Recebi correspondência eletrônica (que, imagino, deva ter sido enviada também aos demais veículos de comunicação) do ex-vereador Mosar Gonçalves da Costa. Por tratar de temas que considero relevantes para a comuna, tomo a liberdade de reproduzir, na íntegra. Acompanhe:

UM ALERTA IMPORTANTE!

Santa Maria prepara-se, numa ação de grandeza, a visitar a INDIA e buscar novos mercados e investidores, especialmente para o comércio e para a importação. Ação elogiável, pois aos participantes trará novos conhecimentos, novas experiências, novos mercados fornecedores, mostrará Santa Maria como um centro de excelência para o mercado mundial.

Mas, ao mesmo tempo estamos perdendo gradativamente o que já está aqui localizado, com investimentos e incentivos consideráveis feitos pelos cofres do município, das instituições e de muitas empresas locais e regionais.

A razão de nosso alerta está vinculada a três situações relacionadas a temas a serem discutidos no momento, com urgência, pelos Poderes Executivo e Legislativo e pelas Instituições representativas dos demais segmentos locais pelas suas importâncias, as quais relacionamos a seguir:

1.    Extinção do Consulado Distrital do Uruguai em Santa Maria – Uma deferência e reconhecimento especial do Governo Uruguaio, nos meados dos Anos 90, à Santa Maria e relacionada à iniciativa local de realizar aqui o I Congresso Latino Americano de Vereadores, Ediles e Concejales com o objetivo de integrar às discussões do Mercosul os municípios do interior dos países membros e que oportunizou ao município e região importantes conquistas. Sua extinção foi anunciada há poucos dias e a reação de Santa Maria foi praticamente o silêncio.

2.    Rede Mercocidades – Em 1997, Santa Maria teve o privilégio de ingressar a este importante fórum de apoio e incentivo aos municípios dentro do Continente Sul Americano, o mais representativo e o maior fórum de troca de experiências positivas entre os municípios membros. Santa Maria agiu com grandeza e muitas dificuldades e investimentos para conseguir ingressar nesta importante Rede, que está aqui ao lado e tem seu comando maior na cidade de Rosário, Província de Santa Fé, Argentina.

Por razões inexplicáveis o município faz algum tempo desconsiderou este importante fórum.

3.    Santa Fé Vagões – Uma empresa que chegou a Santa Maria há alguns anos, recebeu todo o tipo de incentivos, foi manchete local, estadual e federal  em todos os veículos de comunicação, iniciou suas atividades dentro dos patamares acordados e agora, neste momento, sabem o que está acontecendo? A Empresa está repassando a outra empresa a fabricação de vagões, levando para outro Estado a manutenção pesada e deixando em Santa Maria apenas pequenos reparos, os funcionários estão perdendo o entusiasmo e se não houver uma ação imediata das lideranças locais muito breve ocorrerá desempregos e os incentivos dados por Santa Maria à esta empresa, com certeza, descerão pelas águas do Rio Vacacaí.

O primeiro grito está dado sobre estes três temas. Pensem. Analisem.

As ações precisam ter caráter de urgência

(a) Mosar da Costa – Presidente do CILAM e Vereador Emérito de Santa Maria.

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Um Comentário

  1. Pois é Mosar. Foste um grande cabo eleitoral do atual prefeito. Andaste de bandeira em punho pelas ruas pregando o schirmismo. Se você não tem força para fazer com que a atual administração invista na Mercocidades, na Santa Fé VagÕes e no consulado do Uruguai, quem terá?

  2. Apoio plenamente a análise feita pelo intenauta e frequentador assíduo deste site, Marcio Dutra. Parece que a opção tem sido pela pirotecnia, descuidando-se do que já se tem em termos locais. Parece aquele “sonho” da era Britto, que trouxe montadoras, etc, com incentivos a perder de vista, e poucos anos depois entregou o Estado falido, que até hoje pena para recuperar sua capacidade de investimento. Ah, Santa Maria, se não fosse a UFSM…

  3. Importante manifestação do Sr. Mosar da Costa. E tem que ser entendida assim mesmo, como um alerta. Infelizmente, não sei se terá eficácia. Espero sinceramente que sim, embora os movimentos da administração municipal estejam tomando outra direção. A direção dos grandes, porém parcos em objetividades e resultados, planejamentos para o futuro. A palavra da moda é inovação e talvez isso explique o descaso com o que já foi conquistado.
    Não falamos mais em Rede Mercocidades, mas na Rede Internacional das Cidades Inovadoras.
    Não nos preocupamos com a extinção do Consulado Distrital do Uruguai, mas nomeamos embaixadores de Santa Maria no Oriente (lembremo-nos da Sra. Kong e dos investimentos Chineses que chegariam em novembro de 2009).
    Não damos atenção às empresas que estão aqui instaladas ou as que potencialmente poderiam vir do MERCOSUL, mas fingimos pertencer a uma rota de comércio com a Coréia, Índia e China.
    Não damos a real atenção aos esportes amadores e tampouco a ações de inclusão social através do esporte, mas temos em nosso calendário o espetacular Festival de Balonismo, o maior da América Latina, segundo a prefeitura.
    Buscamos grandes soluções como se sofrêssemos de grandes problemas. Talvez grandes problemas existam, mas os que prioritariamente deveriam ser atacados são os problemas que atingem a população no seu cotidiano e para estes, as soluções nem sempre são gigantescas, espetaculares. Bastariam soluções simples e objetivas. É só dar uma olhada na periferia da cidade.

  4. Devia ter consciência disso, Sr. Mosar, quando saia as ruas pedindo votos para o atual prefeito. Até no programa eleitoral o sr. apareceu.
    Se não me engano, foi prometido ao sr. a parte das relações internacionais, que era muito atuante no governo passado (pesquisem noticias da MERCOCIDADES no site da prefeitura).
    Pasmem, segundo o site da prefeitura, Santa Maria coordena o conselho da Mercocidades (noticia da era Valdeci).
    Agora não adianta chorar pelo leite derramado.

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