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POLÍCIA E JUSTIÇA. Mídia, em regra, simplesmente obedece à pauta das autoridades. Já o público…

O mote da reportagem que você lerá abaixo, em reprodução da revista eletrônica especializada Consultor Jurídico, é o famoso “Caso Nardoni”. E a subserviência da mídia às teses dominantes a partir das manifestações do Ministério Público e da polícia. E traz um certo desconforto a quem quer ver uma mídia minimamente independente.

Mas, cá entre nós, não precisamos ir longe para confirmar a tese da fonte da notícia a seguir. Afinal, todos os dias, ouço (sim, é o repórter, não o Espírito Santo) um radialista policial dizer mais ou menos o seguinte: “tivemos hoje, no plantão da Delegacia de Pronto Atendimento um número X de ocorrências. Delas, tantas (diz o número) estão disponíveis para divulgação”. Que diabo, então quem determina o que pode ou não ser divulgado é a polícia? O repórter (ou o veículo) não tem sequer o direito de correr o risco? Por aí se vê, objetivamente, o tipo de noticiário policial que, em regra, é dado a conhecer ao distinto público.

Mas, enfim, vamos agora ao material do Conjur, assinado por Geiza Martins. Aí, você tira a própria conclusão. Acompanhe:

 “LIVRE PARA ACUSARPara imprensa, acusado é culpado

A cobertura pela imprensa do assassinato de Isabella Nardoni trouxe à tona o debate sobre a atuação da mídia diante de casos criminais de grande repercussão popular. Durante dois anos, o público acompanhou o noticiário que apontava Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá como culpados. Quando o julgamento aconteceu na semana do dia 22 de março, a opinião pública já estava devidamente domesticada para receber o único veredito possível: culpados. Não é difícil encontrar outros casos que pipocam na mídia sempre com o ponto de vista claramente contrário aos acusados.

“Nas notícias publicadas nos jornais, o teor é sempre o seguinte: a acusação afirma e a defesa alega. A imprensa dá toda atenção ao acusador e quase nenhuma ao acusado. Para todos os efeitos, os jornais ficam ao lado do Estado. Não examinam fatos, não cobram provas. Apenas fazem alarde sobre o que diz o delegado e o promotor”, analisa o jornalista americano radicado em São Paulo Richard Pedicini, que desde o caso Escola Base, transformou-se em um especialista em acompanhar de perto os fatos e a cobertura da imprensa sobre crimes polêmicos. No caso da Escola Base, que virou paradigma da atuação desastrosa da imprensa em matéria penal, os donos da escola infantil foram acusados de abusar sexualmente dos alunos. Descobriu-se depois que não houve qualquer abuso – mas quando isso aconteceu, a escola já havia falido, os acusados estavam com sua vida pessoal, afetiva e econômica destroçada…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

SUGESTÃO ADICIONAL – confira aqui, se desejar, também outras reportagens produzidas e publicadas pelo sítio especializado Consultor Jurídico.

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Um Comentário

  1. E aqui no Sul?
    O caso Eliseu Santos, o que aconteceu? A imprensa, como servil do governo estadual de Yeda e Fogaça, bancou rapidamente a ideia de um simples assalto.
    Só que aqui não é uma simples ação sem interesse. Um dos principais atingidos é sim, José Fogaça. Com uma investigação séria sobre o caso, poderá aparecer muita coisa “indesejada” sobre o governo da Capital e, justamente em ano eleitoral. Então, coloca-se mais propaganda institucional nos maiores veículos de comunicação do estado, faz a Polícia Civil (governo) bancar a ideia de assalto, a mídia “informa” a população e o caso cai no esquecimento.
    Graças a Deus existe o Ministério Público. Agora, vamos esperar e ver o comportamento de Fogaça e Yeda. Será que demitirão o chefe da Polícia Civil? Já afirmei aqui várias vezes, um possível governo Fogaça, nada mais será que a sobre vida de um governo estadual afundado em escândalos de corrupção.

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