PMDB, a geni (2). Temer se licencia da presidência. Mas não deixa porta para a substituição
Que o PMDB é um consórcio de interesses regionais e opiniões diferentes, você já sabe. Que o embate pelo poder interno existe também não é desconhecido. E que a postura atual do senador Jarbas Vasconcelos (leia nota imediatamente anterior, abaixo) também não trará muitas mudanças, se é que trará alguma, igualmente está na conta de todos.
Mas há uma outra disputa, sobre a qual pouco se fala, mas também existe. É a que confronta a bancada da Câmara e a bancada do Senado. A primeira seria mais pró-Serra; a segunda pró-Lula – o que quer dizer, pró-Dilma. Ambas têm em comum o fato de manterem posições firmes e fortes no governo, com ministros de um lado e de outro. Mas as duas também gostariam de comandar formalmente o PMDB.
É onde entra a questão Michel Temer. Ele, gostariam os senadores e os (mais) governistas da própria bancada na Câmara, não poderia acumular a presidência da Casa legislativa com a da Executiva do Partido. Conversa mole. O que querem, mesmo, é substitui-lo por alguém da sua própria confiança.
Temer, por sua vez, que de bobo não tem nada, não pretende largar o osso, como já escrevi aqui. Já sentiu o cheiro de queimado, por certo. Então, o que fará? Simples: se licenciará. Mas por tempo indeterminado (podendo, portanto, voltar a qualquer momento). E no seu lugar entra alguém que pensa do mesmo jeito que ele. No caso, a deputada por Goiás, Íris Resende.
Resumo da ópera: lá, ninguém prega prego sem estopa. E quem corre menos é avião, como diziam na minha infância, lá em Erechim.
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