CampanhaEleições 2010Santa Maria

O PRIMEIRO. Serra faz o roteiro tradicional, nas quatro horas em Santa Maria

José Serra foi o primeiro. Imagina-se que tenha “aberto a porteira” e os demais, pelo menos os relevantes (Dilma Rousseff e Marina Silva estão nessa condição), também venham fazer seu proselitismo na boca do monte.

Serra foi ao calçadão, um roteiro tradicional e que sempre funciona

O tucano, que ficou o dobro do tempo previsto (eram duas, foram quatro horas), cumpriu o roteiro habitual e necessário: comeu num restaurante tradicional (o Vera Cruz), papeou com empresários e líderes regionais e deu uma volta no calçadão, onde cumprimentou populares. É possível que alguém vai reclamar que faltou liderança sindical no roteiro – se isso ocorreu, ninguém notou. Mas, cá entre nós, nesse momento da campanha está de bom tamanho, do ponto de vista do candidato de oposição.

Seu discurso, de 53 minutos (segundo a versão ONLINE do Diário de Santa Maria), agradou aos seus correligionários – como Nelson Marchezan Jr, que colocou alguns tópicos no seu TWITTER: desde a trajetória, que inclui a presidência da UNE, a quantidade de investimentos de Estados e Municípios,na comparação com a União, passando pela citação a Marchezan pai (falecido há poucos anos, no auge de sua atuação política), entre outros temas. Todos apropriados para o público – que, afinal, não era de militantes de rua, de empunhar a bandeira. Estes serão mobilizados pelos que estavam ontem no roteiro santa-mariense de Serra.

Recebido pelo prefeito Cezar Schirmer, do PMDB (que apóia Dilma Rousseff, mas…), o passeio pelo centro da cidade acabou sendo o ápice, antes de se mandar para o noroeste gaúcho. No contato com os populares, o tal “cheiro de povo” – a que todos os candidatos, desde sempre, precisam sentir. Do contrário, não há chance de contagiar quem quer que seja. E os papagaios de pirata, também indispensáveis em qualquer campanha.

De resto, ficou a tradicional lista de reivindicações, que vai para o estudo da assessoria direta e sempre poderá ser cobrada no futuro, em caso de vitória do visitante. No rol, questões tão concretas quanto “a construção de açudes e de barragens e desassoreamento dos rios e recuperação da mata ciliar” ou “Autonomia do Centro Espacial Sul de Pesquisas Espaciais – Observatório Espacial” ou ainda propostas já aprovadas pelo atual governo,mas que dependerão de liberação de verbas do próximo, como a travesisa urbana. E algumas bastante vagas e genéricas como, para dar o exemplo mais notório, “desenvolver o turismo regional”.

Agora, é esperar pelos próximos. Ou até com um novo (mas improvável) retorno de José Serra, antes de 3 de outubro.

EM TEMPO: a foto que ilustra esta foto é do jornal A Razão

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Um Comentário

  1. Bem, Tiane. Do meu ponto de vista não é uma questão de a pessoa se sentir ameaçada. A questão é se a escola é ou não linha de produção? Penso que as pessoas devam ser bem remuneradas sempre, muito mais os professores. Criar “bonificações” ou coisa similar simplesmente acirrará a disputa pelos parcos recursos existentes. O sgovernos geralmente fazem essas coisas para dividir os professores. Contudo, as escolas que já fazem isso, imagino que sejam as particulares, em cuja lógica predominante é a do “lucro”.

  2. Nem Serra nem Dilma, tô nem ai para os dois, mas uma questão de justiça, as tiradas de mau gosto do Sr. Presidente LULLA a “cumpanhêrada” vê com bom humor, já as dos adversários são levadas a sério, e viram chacotas e motivo de criticas, por favor me poupem disso!!!

  3. muitos sorrisos dos dirigentes da cidade na compania de serra…quem sabe vem a dilma também e…muitos sorrisos também em nossos dirigentes na compania dela ,afinal o vice dela será do pmdb.

  4. @fritz já temos em SM escolas particulares que adotaram esse método de “bonificação”. Enquanto professora, não me sinto intimidada ou ameaçada, pois cumpro devidamente meu papel, mas há quem se sinta!

  5. Aqui por SP só falaram do tal “tesão” da figura. A manchete aqui da Folha foi a seguinte: “Serra receita ‘tesão’ na economia, mas nega ‘virada de mesa'”. Assim mesmo, com duas aspas no título. O Globo foi mais engraçado e, na matéria de hoje (título: “Momentos de libido em alta”), fala mais da entrevista que Serra deu ao CQC do que da visita à Santa Maria, que usa como mote para investigar as falas libidinosas da figura.

  6. Já que não houve referência à matéria que está hoje no jornal A Razão, eu me reporto a ela.

    Uma das propostas do candidato José Serra, explicitada em Santa Maria, nesta terça, 4, se refere a uma “criação de metas nas escolas para melhorar a educação pública, destinando verbas para instituições de ensino e remuneração extra para os professores por números alcançados”. (Jornal A Razão de Santa Maria-RS, 5 de maio de 2010, pág. 05)
    Observação: A pergunta que fica é que números alcançados seriam esses, que metas precisariam ser alcançadas? As escolas terão que se transformar em fábricas, linhas de produção, gerando ‘produtos’ com menor quantidade de defeitos possível? E, as escolas e professores que não atingirem as “metas”, o que acontecerá com eles? Serão relegados ao limbo?

  7. Serra deveria explicar aqui em Santa Maria porque o governo FHC, em oito anos, nunca fez um investimento federal na cidade. Aliás, fez um único sim: a passarela da Urlândia que não serve para nada.

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