PALÁCIO PIRATINI. Começa a semana em que se define a parceria dos protagonistas de outubro
Este (nem sempre) humilde repórter concorda: é possível até, como sugere a informação da jornalista Rosane de Oliveira, na coluna PÁGINA_10, da Zero Hora deste domingo, que PPS, DEM e PTB se entendam e se aliem em torno do petebista Luiz Lara, como candidato ao Palácio Piratini. Isso, claro, se os problemas internos do petebismo, com o presidente estadual investigado pela Polícia Federal, não inviabilizarem a pretensão do deputado e ex-secretário de Turismo de Yeda Crusius.
Admitindo-se, porém, que Lara se candidate, ainda assim – e a pesquisa Vox Populi divulgada no início da semana passada é evidência concreta – sua expressão eleitoral será bem mais que irrelevante. É fato. Será apenas um traço, pouco mais ou menos do que obterão outras candidaturas próximas do naniquismo. Que ninguém se ofenda: é a realidade da política gaúcha destes primórdios do milênio. E se consolida, inclusive, com o desembarque da candidatura de Beto Albuquerque, do PSB, que teve a clarividência de perceber que, sem uma sigla forte ao lado (e esta seria o PP que agora tucanou), não há saída.
Assim, o que sobra? O que todo mundo já sabe: três candidatos viáveis eleitoralmente, dos quais dois sobrarão para o inevitável segundo turno. É verdade que alguma coisa pode acontecer. Mas será nesta semana. Antes que maio termine, as dúvidas que restam serão sanadas no cenário eleitoral gaúcho.
Na verdade falta, neste momento, saber o quanto conseguirá ficar no muro da eleição presidencial o ex-prefeito José Fogaça, um dos integrantes da tríade real de concorrentes ao Palácio Piratini. Não é por outra razão que, mesmo para cumprir carnê, ainda se tentará, protocolarmente, cooptar PSB e PC do B. De todo modo, com o PDT dilmista a tiracolo, Fogaça terá que se desdobrar para não incomodar o parceiro e, ao mesmo tempo, conviver com uma flagrante maioria do PMDB, a começar por praticamente toda a bancada federal e, talvez, a totalidade da estadual. Estes querem mesmo é apoiar José Serra, e o resto é o resto. Inclusive o presidente Pedro Simon, que talvez preferisse outra opção. Talvez.
O quadro se completa com os óbvios. Yeda Crusius é do PSDB e de Serra (mesmo que este, não raramente, faça pouco caso de sua candidata regional). E com ela estará o PP, que no Rio Grande é tucano, não importando a posição nacional da sigla, lá dividida entre os governistas e a oposição leve.
No outro lado, aqui oposição, lá governo, está Tarso Genro, do PT. E com ele os recém-chegados (alguém duvida dessa possibilidade) PSB e PC do B, quem sabe coligados em dupla para as eleições proporcionais, mas apoiadores do petismo para o Governo do Estado. Sobra nitidez para esse grupo, tanto quanto para o Yedismo.
E assim iremos até 3 de outubro. Com absoluta certeza, do trio Tarso/Dilma, Yeda/Serra e Fogaça/Dilma-Serra, sairá a dupla que vai à luta três semanas depois, quando se dará o segundo turno definitivo. E aí? Bem, aí a cota de palpites do repórter se esgotou.
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