Enquanto a chaleira não chia – por Máucio
Esta semana estragaram as duas chaleiras disponíveis aqui em casa. Uma delas usada na cozinha principal e a outra que se utiliza lá no fogão da churrasqueira. Pois não é que deu das duas pifarem em sequência! Resultado: ficamos sem esse utensílio de uma hora para a outra. Tudo bem, eu sei que existe a obsolescência programada, mas não precisava ser tão sincronizada assim. Não é mesmo?
A da churrasqueira havia furado. Era daquelas chaleiras de ágata, ou aloucada, como se dizia. É até compreensível a causa, como se usava lá de vez em quando, de tanto ficar com um resto de água, acabou enferrujando e furou. Pronto, essa não tem conserto mesmo, foi pro lixo.
Até aí tudo bem. O problema é que dali a três dias a chaleira de uso diário também deu rolo. A alça de plástico que ficava presa ao bico, derreteu e desprendeu-se. Ou seja, passou a ser uma chaleira sem alça. Isso é muito pior que mala sem alça. Tente movimentar, só empurrando, uma mala a cem graus de temperatura!
Bueno, aquela linda chaleira de inox foi adquirida numa promoção imperdível – um negócio da china. Não saiu mais do que vinte reais. Quando a gente vê uma coisa dessas perde completamente o juízo: Inox? 20 pilas? Vou levar. Eta simbolismo idiota!
Só que um tempo depois aparecem os problemas. São objetos descartáveis, criteriosamente concebidos para serem assim. E que fazer agora? Uma residência totalmente desprovida de chaleira! Muito simples, vá e compre outra. Mas como não cometer o mesmo erro? De louça, nem pensar! Baratilho importado também não. Alumínio faz mal à saúde. De ferro? Não tem mais cabimento numa cozinha raitec. Vou comprar uma nacional de grife, pronto! Essas são quase eternas. E aí, quando se vai ver, elas custam até dez vezes mais que as inoxidáveis do oriente!
A decisão passa a ser ideológica. De visão de mundo. A pergunta passa ser: para quanto tempo você quer a chaleira? Para um fim de semana? Para um amor de verão (ou de inverno)? Ou é algo mais duradouro, tipo: uns quatro ou cinco anos? Ou é para até quando começar a chiadeira?
O certo é que o ato de comprar uma nova chaleira exige certa reflexão pessoal, e algum credo também. Um acompanhamento psicanalítico também ajuda. Podemos pensar também que, cada um tem a chaleira que deseja ou merece, mas isso já é assunto para outra prosa…
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