Quem avisa, amigo é – por Gilson Piber

Não dá mais. Segunda-feira, 7 de junho de 2010, 12h10min. Os semáforos do cruzamento da avenida Presidente Vargas com a rua Visconde de Pelotas estavam em amarelo intermitente pela milionésima vez. Era quase uma briga de foice entre motoristas e pedestres para cruzar as duas vias. Nenhum agente de trânsito estava no local, lamentavelmente. Talvez, quando algum habitante de Santa Maria morrer atropelado nas proximidades, na milionésima primeira vez que as “sinaleiras” não estiverem funcionando corretamente, o problema seja resolvido pelo órgão competente.

Se não bastasse isso, quando um condutor consciente para o seu carro antes da faixa de segurança, outro motorista abestado e apressado segue adiante em alta velocidade. Mas o perigo maior são os “motoqueiros”, outra raça de apressadinhos. No mesmo 7 de junho, quase fui atropelado, juntamente com alguns alunos que saíam do Colégio Fátima e tentavam atravessar a rua, na faixa de segurança. Aliás, a tinta branca ainda não chegou nas faixas próximas ao local. Chegará antes que alguma pessoa seja atropelada?

Santa Maria peca por essas questões menores. Os semáforos devem funcionar sem problemas e, quando eles surgirem, os reparos devem ser rápidos e eficientes. Uma cidade do porte da nossa não pode dispor só de 17 agentes de trânsito no efetivo exercício da função para “cuidar” de 1.079 ruas, 44 avenidas e 48 travessas, além de 106 mil veículos, conforme reportagens publicadas no jornal Diário de Santa Maria, nas edições de 15 de maio e 4 de junho deste ano.  As faixas de segurança, todas, devem estar pintadas e brilhando, principalmente em vias perto de escolas, hospitais e outros órgãos onde pedestres e veículos convivem diariamente.

Nossos relógios-termômetros espalhados pelo município, na sua grande parte, são uma vergonha. Quase sempre, nunca indicam corretamente a hora certa e a temperatura. Prestam um desserviço à população. Por que alguém da Prefeitura não contata as empresas patrocinadoras dos ditos cujos para os devidos ajustes ou a própria envia pessoal especializado para consertá-los? É difícil fazer isso?

Problemas pequenos perturbam o cotidiano dos santa-marienses, que ficam estressados com a falta de agilidade na busca de soluções. Caberia um pouco mais de vontade, zelo, atenção e o bom exemplo daqueles que administram a cidade. O Poder Público precisa fazer a sua parte, e a população colaborar. Quem avisa, amigo é, já dizia o velho ditado popular.

Gilson Piber – [email protected]