COLUNA OBSERVATÓRIO. “A Câmara, o Barão do Itararé e a eleição de outubro”

Plenário e tribuna da Câmara: até fim de setembro, nada feito

Nesta terça-feira, acontece a primeira sessão ordinária da Câmara de Vereadores, no segundo semestre. Se não houver alguma de caráter solene, para homenagear a instituição ou pessoa A ou B, serão, salvo engano claudemiriano, exatas 17 reuniões até 30 de setembro – quando acontece a última, antes do pleito de 3 de outubro.

Atribui-se ao grande frasista Aparício Torelly, o Barão do Itararé, gaúcho, para muitos o maior humorista brasileiro de todos os tempos, a seguinte expressão: “de onde menos se espera, daí é que não sai nada”. Pois é exatamente o que se verá, no parlamento da comuna, nos próximos dois meses. Tudo por conta da eleição. Menos (embora não pouco) porque dois de seus integrantes tentam alçar vôo mais elevado, concorrendo à Assembléia Legislativa. E mais porque todos estarão, mesmo, é interessados em saber como será a conjuntura político/partidária a ser definida pelo eleitorado gaúcho.

Para completar o quadro, desde que, por prudência (afinal, a multa não é pequena), os edis decidiram não colocar no ar, pela TV Câmara, os discursos dos parlamentares, nem a oratória se faz presente na tribuna. Numa perfeita comprovação, gostem ou não os vereadores, de que conversê, mesmo, só se houver uma câmera na frente.

Quer dizer, então, que o Legislativo não funcionará até fins de setembro? Não. E sim. A negativa é porque todos não estarão nem aí para o dia-a-dia. E sim, pelo mesmo motivo – afinal, os cidadãos continuarão, presume-se, procurando seus representantes. Mas que ninguém se entusiasme muito, como poderia completar aquele Barão.