O OUTRO LADO. Partidos derrotados ainda tastaveiam. E seu rumo é incerto no RS
Perder (e ganhar) é do jogo democrático. Mas diagnosticar as causas da derrota (assim como da vitória) é fundamental para poder avançar. É um clichê? Sim, é. Mas verdadeiro, de todo modo. O diabo, no caso dos partidos gaúchos que perderam o pleito dominical, é que sequer um segundo turno aconteceu – o que facilitaria uma aglutinação interna e até alianças estratégicas poderiam ao menos ser esboçadas.
Com essa circunstância, a abreviação do processo, a aparência é que os líderes ficaram desnorteados. Isso, de um lado, dificulta a compreensão do que ocorreu, e, de outro, atrasa a elaboração de uma proposta de rumo para os tempos que estão chegando.
Tudo isso transparece, com clareza, das manifestações iniciais dos grandões e dos analistas profissionais, por mais que procurem passar segurança nas palavras. Para entender melhor, considero conveniente ler material a respeito, publicado pelo jornal eletrônico Sul21. A reportagem é de Igor Natusch. A seguir:
“Após derrota, oposição gaúcha vive momento de incertezas
A eleição de domingo (3) foi inédita em vários sentidos, e provocou abalos em certezas que já faziam parte do imaginário político do Rio Grande do Sul. Com a eleição de Tarso Genro (PT) em primeiro turno, a oposição sofreu um golpe duro, ao qual não se sabe como irá reagir. O PSDB já se autointitula como grande força da oposição, mas há dúvidas sobre sua real capacidade de assumir o protagonismo contra o PT. O PMDB, por seu lado, está fragilizado, e corre o risco de enfrentar anos de ostracismo na conjuntura regional. Não há respostas, no momento, para a grande questão do horizonte político gaúcho: quem tomará as rédeas da oposição ao PT no Rio Grande do Sul.
“Ser uma força consistente de oposição ao PT não é uma opção. É um dever do PSDB gaúcho com o estado e com o país. Não precisamos de estímulos externos para tomar essa posição”, reforça o deputado federal Cláudio Diaz, presidente do PSDB no RS. Para ele, “as urnas respaldaram” o projeto do PSDB para o RS, mas as pesquisas eleitorais teriam influenciado a votação de Yeda. “Não há dúvida de que as pesquisas mentirosas divulgadas pela imprensa influenciaram negativamente na campanha. Elas precisam ser analisadas com cuidado no futuro”. E cita como exemplo a entrada de José Serra (PSDB) no segundo turno presidencial, “com uma margem muito mais significativa do que apontavam as pesquisas compradas pelo Palácio do Planalto.
O cientista político Francisco Ferraz, professor aposentado e ex-reitor da UFRGS, concorda, até certo ponto, com Yeda e Diaz. Mas ressalva que qualquer avaliação mais profunda dependerá da sequência de acontecimentos, inclusive os relativos à disputa presidencial. Segundo Ferraz, a postura do PMDB foi “muito ambígua”, o que abriu espaço para o crescimento de novas forças antagônicas. “Ninguém conseguiu entender a imparcialidade ativa de Fogaça”, criticou.
Para o cientista, a campanha de Fogaça não conseguiu passar nenhum tipo de mensagem clara para a população. “A polaridade política já é algo clássico no estado, e desde os…”
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E o PMDB local, já vez uma análise do quadro pós-eleições. Até agora só ouvi o Prefeito Schirmer atribuindo a derrota do Fogaça à má condução da campanha.