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PESQUISA. Enfim, uma explicação. Saiba por que Dilma está na frente no Vox Populi e atrás no Datafolha

Essa coisa sempre me intrigou. Tenho lá minhas opiniões, mas as deixemos de lado. O fato é que seria impossível, num espaço de 24 horas, uma pesquisa ser tão diferente da outra, sobre o mesmo tema. A menos que houvesse alguma discrepância de metodologia – já que aqui, pelo menos não este repórter, se descarta, em tese, a má fé. Repito: em tese.

Enfim, por que a pesquisa Datafolha COLOCOU José Serra 1% na frente de Dilma Rousseff e a do Vox Populi INFORMOU estar a petista 8% adiante do tucano? O excelente jornalista Luis Nassif tinha sua própria teoria. A expôs ao diretor do VP, Marcos Coimbra. Confirmou o que já achava e publicou agora à tarde no seu portal. Depois, também buscou, via e-mail, uma confirmação de Mauro Paulino, do DF, que ainda não se manifestou.

Mas há uma explicação bem clara. E que indica por que uma é diferente da outra. Opinião? Dê a sua. O espaço para comentários está disponível. Enquanto isso, fiquemos com o texto do Nassif, a seguir:

 “Decifrando o Datafolha

Conversei agora há pouco com Marcos Coimbra, do Vox Populi, para entender as discrepâncias entre os dados do Vox e do Datafolha e tirar as dúvidas finais sobre o tema.

A explicação é claríssima.

Dentre os diversos cortes a serem feitos no universo dos entrevistados, um deles é entre os com telefone e os sem telefone.

No caso do Vox Populi, as pesquisas pegam todo o universo de eleitores. No caso do Datafolha, há um filtro: só se aceitam entrevistados que tenham ou telefone fixo ou celular.

Há algumas razões de ordem metodológica por trás dessa diferença.

A pesquisa consiste de duas etapas. Na primeira, os entrevistadores preenchem os questionários com os entrevistados. Na segunda, há um trabalho de checagem em campo, para conferir se o pesquisador trabalhou direito.

No caso Vox Populi, o entrevistador vai até à casa do entrevistado. A checagem é simples. Sorteia-se uma quantidade xis de casas pesquisadas e o fiscal vai até lá, conferir se o entrevistado existe, se as respostas são corretas.

No caso Datafolha, é impossível. Por questão de economia, o Datafolha optou por entrevistar pessoas em pontos de afluxo. Como conferir, então, se o pesquisador entrevistou corretamente, se não inventou entrevistados?

Em geral, um pesquisador consegue fazer bem 20 entrevistas por dia. O Datafolha anunciou ter realizado 10.000 pesquisas em dois dias, 5.000 por dia. Dividido por 20, são 250 entrevistadores. Como conferir a consistência dos questionários? Só se tiver o telefone no questionário…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

PARA LER TAMBÉM A NOTA EM QUE ESTÁ O E-MAIL ENVIADO AO DATAFOLHA, CLIQUE AQUI.

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Um Comentário

  1. Elementar meu caro Watson: o DataFALHA tem compromisso de manter o Serra vivo por pelo menos mais um mês, prá tentar uma sobrevida com os debates e na gratuita na TV (Serra já indicou que vai atacar da cintura prá baixo, apesar que no caso da Dilma o efeito maior seria da cintura prá cima, né não?….Bãaaaaaaaaaaaaih essa foi braba!).

  2. Seja qual for a metodologia, o que dá confiabilidade a uma pesquisa não é o tamanho da amostra e sim a sua qualidade.

  3. Sou petista,sou dos acham que ilusões não ganham eleição, trabalho duro nas campanhas à 30 anos, o melhor sempre é saber a situação real do teu candidato, portanto para mim essas informações são muito relevantes, resta saber para que lado cada método pende,o Data usa um número maior de entrevistados mas aparentemente me parece excluir uma boa fatia do eleitorado que pertence ao povo com condição economica mais desfavorável, peço que aqueles que entendem desse tema como o Edimilson Gabardo e outros nos ajudem a entender melhor.

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