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Piratini. Proença entra em rota de colisão com Yeda e quem pode sair perdendo é Pozzobom

Cá entre nós, a governadora Yeda Crusius não é exatamente alguém que deteste briga. Muito pelo contrário. Por conta de seu temperamento, já teve derrotas importantes na Assembléia Legislativa. A última delas, então, foi das de jamais esquecer – a reprovação por 34 x 0 do Plano de Recuperação do Estado.

 

Começam a aflorar, agora, outros problemas. Estes mais intestinos, do governo instalado em 1º de janeiro. As discordâncias de método entre os secretários e o privilégio, que a própria governadora, ainda que com eufemismos, não disfarça.

 

À Rádio Gaúcha, nesta quarta-feira, chegou a sugerir a existência de  “ciúme” de uns em relação a outros. Era uma referência, que a mim (e ao mundo) pareceu óbvia, às manifestações feitas, no dia anterior, e não negadas, pelo secretário de Desenvolvimento, Nelson Proença. Este queixa-se que o governo só pensa no ajuste fiscal, e não em uma agenda mais positiva, aproveitando a carona do bom desempenho da economia brasileira em geral, e da gaúcha em particular.

 

No entanto, nada está a indicar que a governadora vai mudar. E a questão fiscal, que é bancada por ela e coordenada pelo secretário da Fazenda Aod Cunha, continua sendo a mais relevante. E deverá, inclusive, ser ampliada, como se supõe ela dirá em reunião do secretariado que estaria já marcada para a próxima segunda-feira.

 

E há, ainda, o mal-estar representado pelas críticas feitas ao Chefe da Casa Civil, Luiz Fernando Zachia, um dos principais nomes do PMDB gaúcho, presidente da sigla em Porto Alegre, e muito respeitado pelos deputados, ele que é detentor de mandato na Assembléia.

 

E onde entra o santa-mariense Jorge Pozzobom? Simples: com a reorganização do governo e a provável vinda para o Estado do deputado federal Cláudio Diaz, o tucano da boca do monte, como segundo suplente, é o que assume a vaga. Neste momento, porém, há um complicador. E dos grandões.

 

Diaz deve vir, mesmo. Não se sabe ainda para que função. Mas, no meio do caminho de Pozzobom há uma pedra. E que pedra. Nelson Proença, do PPS (eleito em coligação com o PSDB), estaria prestes a pedir o boné e voltar para Brasília. Se isso acontecer, e não é nada improvável, mesmo que venha um deputado, o santa-mariense não irá. Afinal, Proença é titular. E ponto.

 

Quer dizer, resumindo: da brigalhada do Piratini, o que seria uma vitória pessoal de Pozzobom e seus 30 mil votos, poderá se transformar numa frustração. Momentânea, por certo, mas…

 

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