Artigos

Colchão novo não é mole! – por Máucio

Semana passada saí para comprar um colchão para o quarto de hóspedes. É uma empreitada nada fácil, quase tão complexa quanto trocar de carro. Na primeira loja que cheguei o sujeito me perguntou para que eu queria o produto. Ora, para deitar, respondi. 

A escolha inicial é entre um colchão de molas e um de espuma. Há três anos adquiri um de molas e a decisão de compra foi repleta de questiúnculas. Cheguei a uma empresa especializada e o atendimento foi tão complicado que eu fiquei tonto com tantas informações. Senti a firme convicção que precisaria de uns dias para assimilar.

Na loja seguinte o sujeito desdisse quase todas as afirmações anteriores. Fui então a uma de departamentos. Procurei um vendedor e falei objetivamente: quero um colchão de molas. Sua resposta, porém, chacoalhou tudo o que eu já havia armazenado de dados. Para piorar um pouco mais, me ofereceu uma quinta opção com um preço 30% inferior. E ainda por cima poderia pagar em 10 vezes pelo preço avista. Quase fechei o negócio por impulso, mas resolvi me retirar para meditar.

Sinceramente nem lembro o que, naquela ocasião, me levou a decidir pela compra. O fato é que, mesmo com todos os critérios adotados, o colchão deu problema três anos depois. Felizmente ainda estava na garantia e com um simples telefonema a equipe veio e fez a reposição por um novinho em folha. A penosa via sacra até que teve alguma recompensa.

Desta feita, por se tratar de um de colchão de espuma, pensei que a compra seria mais fácil, que nada! Tudo foi tão ou mais difícil devido ao grande número de variáveis desencontradas que cada vendedor colocava. O primeiro começou falando em densidade e acabou perguntando qual o peso da companheira que dormiria comigo. Achei uma invasão de privacidade, dei meia volta e fui porta afora.

Na loja em frente o sujeito me falou em densidade 33, ou seja, D33. Depois me mostrou outro mais barato com a mesma especificação D33, porém sem o selo Pró-espuma. E, como se não bastasse mostrou ainda outro onde estava escrito só 33, sem o D. E ainda outro com a indicação C33. Quando começou a explicação sobre os colchões fabricados com espumas recicladas, que chegam ao mercado com preços ainda mais baixos, pedi para parar porque eu tinha hora marcada. Fugi.

Fui para casa, deitei no colchão antigo e fiquei relembrando de quando íamos para a casa da vovó em Cruz Alta. Dormir naquela cama de ferro, com colchão feito de palhas de milho e travesseiro de penas era muito maravilhoso! Será que tudo era tão simples só por que éramos crianças?

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Um Comentário

  1. Adorei… colchões…
    Sou fiel ao meu de molas, tenho desde quando nasci (meus pais foram rápidos nessa) e está impecável até hoje.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo