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EXCLUSIVO. Confira, SÓ AQUI, a íntegra de auditoria que constata “inconformidades” na Saúde de Santa Maria

Veículo que deveria estar no CAPS foi usado pelo Gabinete do Prefeito por quatro meses

Este sítio teve acesso a cópia do relatório preliminar (e do qual os auditores aguardam defesa, no que couber) da Auditoria número 9746, com data de 7 de julho de 2010. O trabalho, realizado pelo Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (DenaSUS), que faz parte do Sistema Nacional de Auditoria do SUS, aconteceu a pedido do Conselho Municipal de Saúde de Santa Maria.

O CMS da boca do monte protocolou denúncia em 11 de março deste ano, sobre “possíveis impropriedades na gestão do SUS local, em especial quanto à falta de médicos nos Centros de Atendimento Psicossocial, assim como nos Pronto Atendimento municipais e nas Equipes de Saúde da Família”. O Conselho denunciou ainda a “não utilização de recursos do PACS, com redução do número de Agentes Comunitários de Saúde – ACS e desvio de veículos da função para a qual foram adquiridos, bem como contratação de pessoal por contrato de terceirização”.

Por conta disso, aconteceu a auditoria, cujo Relatório Preliminar tem a assinatura de Paulo Roberto Pillon, designado pelo DenaSUS para coordenar o trabalho realizado em Santa Maria ao longo de junho. O documento – que está à espera da defesa da Prefeitura – lista uma série de três dezenas de “inconformidades” na gestão da saúde na comuna, pela Prefeitura, ao longo do ano passado.

Auditoria foi feita a pedido do Conselho de Saúde - que tem também uma “inconformidade”

Embora seja o objeto principal e quase único das 18 laudas que o compõem, o Relatório também encontrou pelo menos uma “inconformidade” no próprio Conselho Municipal de Saúde, o denunciante. Se refere (na “Constatação n° 97019”) à não adequação do organismo à resolução que trata da paritariedade dos membros do Conselho. Não foram aceitas, preliminarmente, as explicações oferecidas pelo CMS – que alegou a exclusão de entidades faltosas, “ficando, dessa forma, a paridade prejudicada e os usuários com maior número”.

Mas, não há dúvida, a auditoria é particularmente dura (para ser brando no termo) em relação à Prefeitura. E mais: afora as constatações, que vão desde o desvio de função de veículos a, especialmente, a falta de estrutura dos Centros de Atendimento Psicosocial (mostrando um cenário, digamos, tenebroso em algumas unidades), passando pela ausência de profissionais e outras, conforme a terminologia do documento, “inconformidades”.

Por fim, faz uma “proposição de ressarcimento”. Em outras palavras, a necessidade de a prefeitura devolver recursos recebidos e não (ou mal) usados. É perto de R$ 400 mil o montante apurado pela auditoria. Para ser preciso: R$ 389.400,00. Beeei!!!!

Dois dos vários ressarcimentos a ser feitos, pede o relatório. No total, perto de R$ 400 mil

Um exemplo, dos pequenos: em julho do ano passado, através da ordem bancária número 822988, a prefeitura recebeu R$ 13.200. Foi “indevido”, por “não haver produção registrada no Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB), relativa àquele mês, pelas duas equipes do ESF do Alto da Boa Vista e São Serafin”, para as quais era destinado o “incentivo” daquele montante.

ATENÇÃO: se trata de um relatório contundente, mas preliminar. É duro, muuuito duro, para com a administração municipal da saúde. E, agora, o DenaSUS aguarda a defesa da prefeitura.

Para que você não fique apenas com as palavras deste repórter, que tal ler o relatório, na íntegra? Ei-lo, com EXCLUSIVIDADE, AQUI

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8 Comentários

  1. Que fiasqueira a saúde em nossa terra!!! Meu Deus do céu, onde estão os gestores e seus planejamentos??? Se o sr. secretário da saúde tivesse um pouquinho “seflagrol administrativo” já teria pedido as contas no episódio das vacinas erradas(lembram?).Mas que nada, parece que foi só uma bobagenzinha sem importância. Em nome do seu tão decantado passado político e folha de serviços prestados, já deveria estar em casa ou trabalhando, de fato, pela população. De mangas arregaçadas, com mais atitude e menos discursos. Desculpem a comparação, mas fica parecendo o Ronaldo Fofucho que não soube a hora de parar.Um abraço.

  2. Depois dessa leitura, só venho a confirmar o meu comentário apresentado no espaço “Esquina Democrática” do dia 20 passado: http://bit.ly/97B2fo.

    É lamentável perceber que, com todas estas pendências na saúde local, a Prefeitura Municipal e sua base aliada na Câmara de Vereadores, despendam energia não para solucionar as pendências e sim para alterar a legislação que regra o CMS. Ao invés de remover os problemas, tentam remover aqueles que jogaram luz nos problemas.
    Igualmente lamentável é o Senhor Secretário da Saúde, em entrevista à TV Santa Maria – Canal 19/NET, na semana passada, afirmar sem nenhum constrangimento que sequer tinha conhecimento do projeto apresentado na Câmara de Vereadores pela Vereadora Maria de Lourdes Castro-PMDB quando todos sabem da pressão exercida sobre a base aliada para aprovação do tal projeto. Acreditei que estes métodos estavam superados. Constato que não.

  3. ” Mas a Infâmia é demais,Levantai-vos heróis da nova Santa Maria Que Pode Mais! e Terá Mais! Arranquem este chefe da Torre da Saúde, Fechem as portas para as improbidades que ele comete.”È a TORRE DE BABEL.

  4. A saúde do município é uma piada. Não há técnicos, não há gestão e sobra politicagem. A saúde santa-mariense é uma verdadeira esculhambação, agora diagnosticada de modo oficial pela Denasus. Parabéns a este site por dar luz a esta situação.

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