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EXTRA. Ex-secretário executivo da Fatec mostra à PF como foi paga propina da fraude do Detran

Vai pegar fogo. É só o que me ocorre após ter ouvido o repórter Daniel Scola, da Rádio Gaúcha, falando em meio ao programa esportivo da emissora, perto das 6 e meia da tarde. A emissora (e também a Zero Hora) teve acesso ao depoimento de Silvestre Selhorst, ex-secretário executivo da Fatec, à Polícia Federal. Nele, há informações de conteúdo altamente explosivo, inclusive envolvendo nomes de políticos – alguns, embora não citados, facilmente identificáveis.

 

O que disse o repórter da emissora da RBS foi reproduzido no blog de André Machado, também da Gaúcha. Se não ouviu, tem a oportunidade agora de conferir. É impressionante. E, desta vez, prefiro sequer fazer comentários. Acompanhe você mesmo:

 

“A reportagem da Rádio Gaúcha teve acesso a um dos depoimentos mais detalhados sobre a fraude descoberta no Detran. No depoimento que deu à Polícia Federal, em novembro passado, Silvestre Selhorst, ex-secretário executivo da FATEC, fundação ligada à univesidade de Santa Maria, aponta nomes de envolvidos e detalhes de como foi paga propina da fraude. 

 

A riqueza de detalhes e coincidência de dados fornecidos por Silvestre com as conclusões da força-tarefa da Operação Rodin surrpreenderam deputados que integram a CPI do Detran. Na segunda-feira Silvestre vai depor na CPI. Silvestre contou à Polícia Federal que o esquema começou a ser alvo de impasse com “o estremecimento nas relações entre Lair Ferst e José Antonio Fernandes“. Lair é empresário, foi preso pelo Polícia Federal, é ligado ao PSDB e foi um dos coordenadores da campanha de Yeda Crusius ao governo do estado.

 

A desavença começou quando Fernandes, dono da Pensant, teria tentado afastar as empresas de Lair Ferst do contrato da FATEC com o Detran. O ponto de discórdia seria os valores de divisão da propina. Na transição do contrato do Detran com as fundações da UFSM, o impasse perdurou. A troca, conforme Silvestre contou à PF, teria sido arquitetada pela Pensant e Flávio Vaz Neto, ex presidente do Detran.

 

Numa segunda reunião, o outro diretor da Pensant, Ferdinando Fernandes informou à FATEC que um “aporte ilícito” no valor de 320 mil reais teria de ser feito para o “governo consolidar a troca de contrato”(FATEC-FUNDAE). Foi criado um novo impasse entre valores. Reuniões em locais publicos e troca de telefonemas se sucederam. Um dos encontros foi na Assembléia Legislativa.

 

Lá, o ex dirigente da FATEC se encontrou com “um interlocutor do governo, Chico  Fraga“. Secretário geral da prefeitura de Canoas, Fraga informou que Lair era titular de um crédito junto à campanha do PSDB ao governo e que por conta dessa “dívida” teria que haver uma participação de Lair em torno do esquema de propina. Algo em torno de 120 mil reais.

 

Silvestre Selhorst relata uma ligação telefônica que teria sido feita por Lair Ferst ao reitor da UFSM Clóvis Silva Lima avisando que “não venderia barato” o contrato. Selhorst relata a influencia de FLavio Vaz Neto teria em torno das negociações. Numa outra reunião  agendada para o escritório do advogado Carlos Rosa para tentar resolver o impasse. Nela, Vaz Neto informou que a situação estava “pacificada” em 380 mil. 

 

Neste depoimento, são fornecidos ainda detalhes de como se davam as negociações, o uso códigos entre os interlocutores, a influência de um deputado federal, que no depoimento é citado como o deputado de cachoeira do sul…tudo isso amanhã na reportagem que será levada ao ar amanhã no Gaúcha Hoje e Zero Hora.”

 

SUGESTÃO DE LEITURA – se desejar ler outras notas publicadas por André Machado, clique aqui.

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