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Vida mansa. Nem mesmo no Senado a oposição é assim tão oposição a Lula no Congresso Nacional

Se você ouve um discurso, não parece. Menos ainda se for em uma entrevista para a televisão. Até fazem de conta, todos, que são uma oposição ferrenha ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, quando você vai conferir, por exemplo, as votações no Congresso Nacional, talvez fique surpreso.

 

Eu próprio me vi nessa condição, ao conferir reportagem publicada no Congresso em Foco (veja as sugestões de leitura, lá embaixo). Esse site, cada vez mais focado na reportagem, e sempre da maior qualidade, acerca do comportamento dos nossos edis federais, tornou público um levantamento interessante, acerca do voto dos deputados e senadores, no recém encerrado primeiro semestre da Legislatura eleita em 2006, feito pelo Departamento Intersindical de Assessoramento Parlamentar (DIAP).

 

Olha só: se é verdade que as siglas da chamada base aliada deram consistente apoio a Lula, e PT (88%), PC do B, PMDB, PDT e PSB (todos na casa dos 80%) são os mais queridos do Presidente, no que toca a votos na Câmara dos Deputados, a verdade é que a chamada oposição não foi tããão oposição assim. Nem mesmo na dita refratária composição do Senado.

 

Pois, entre os senadores, o apoio do PT, do PC do B e do PMDB passa frouxo dos 80%. Mas os mais notórios oposicionistas, nas entrevistas e nos discursos, na hora de votar são, digamos, magnânimos. Afinal, PSDB e DEM aprovaram 58% dos projetos que foram apreciados – índice bem superior, diga-se, às bancadas das mesmas siglas na Câmara dos Deputados. Ali, porém, também demistas e tucanos se comportaram com generosidade, com aprovação, respectivamente, de 36% e 35%, em números redondos.

 

Então, vamos combinar o seguinte: nem a oposição é assim tão oposição, capaz de impedir que o governo possa obter a adesão suficiente para os seus projetos. E muito menos é “radical”. Exceto, claro, quando está na tribuna ou frente a uma câmera de televisão.

 

SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a reportagem “O mapa da fidelidade partidária nas votações”, de Antonio Augusto de Queiroz, do DIAP, no Congresso em Foco.

Leia também, no mesmo Congresso em Foco, a reportagem “Antes da tempestade”, de Lucas Ferraz.

 

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