Coluna Observatório. Querer ou sonhar não é vencer
Schirmer, ao contrário
dos outros dois, parece
de dieta. Ou parecia
É verdade que todos são, por enquanto, pré-candidatos. Mas, objetivamente, a campanha já começou. E quem não demonstrar apetite desde já, isto é, não se envolver diretamente no contato com a militância ou os próprios eleitores, maiores dificuldades encontrará mais adiante. Recuperar terreno é muito mais difícil.
Exemplo? O deputado Cezar Schirmer lidera a frente de oposição. Mas, a menos que seja escondido, não se notou (até aqui) a sua presença direta na campanha. Quem se esbofeia são os dirigentes do PMDB e de outras siglas. Nos dois últimos finais de semana, para oferecer fatos concretos, num – o do próprio anúncio do frentão, com a presença de José Farret – o deputado estava ausente, participando de reunião do Parlamento do Mercosul, em Montevidéu. No segundo, visitava unidades militares na Amazônia.
De outro lado, os principais rivais de Schirmer, o tucano Jorge Pozzobom e o petista Paulo Pimenta não perdiam uma só oportunidade de conversar com o eleitor e militantes. E em Santa Maria, que é onde ocorre a eleição. Numa solenidade (a do início das obras do PAC, na Nova Santa Marta) estavam juntos. E, quando não há nada marcado, criam. Caso do tucano, que passou o último sábado em uma dezena de locais, numa tal de pré-convenção itinerante.
Portanto, Pimenta e Pozzobom estão famintos. Ao contrário de Schirmer, que precisa terminar urgente sua dieta. Afinal, querer ou sonhar não é sinônimo de ganhar. Ao que se sabe.
Em tempo: após o fechamento da coluna, chegou a agenda de Cezar Schirmer para o final de semana. Bem movimentada. Típica de quem ficou com fome, enfim. Bem, talvez o apetite tenha chegado.
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