MACIEL NO PSB. Pelo menos duas consequências. Uma de natureza jurídica; outra eleitoral

A iminente saída – ao que consta já acordada – de João Carlos Maciel do PMDB, que rumará ao PSB de Beto Albuquerque, tem uma consequência imediata e outra nem tanto. Mas ambas importantes. Talvez até fundamentais.

É evidente que o edil sabe que o seu mandato será requisitado judicialmente. Afinal, os peemedebistas não ficarão quietos e inermes diante da saída da perda de uma cadeira no parlamento. Também parece claro que Maciel alegará “perseguição política” (ou que nome possa ter a sua queixa), o que justificaria sua saída.

É difícil, num primeiro momento, que esse argumento vingue no Judiciário. Mas poderá retardar em alguns meses, pelo menos, a saída da Câmara. Nesse caso, não haverá impedimento para concorrer em 2012, pois estará filiado em outra sigla no prazo legal – até fim de setembro deste ano.

O outro alcance da decisão de Maciel é eleitoral. Afinal, oficializará o que, na prática, já acontece hoje: sua condição de oposicionista. Nada muito radical, claro, que não é de sua índole nem tradição política. Mas oposição, de todo modo.

Portanto, independente do número de votos que venha a fazer em 2012, eles sairão do atual balaio governista. Ou alguém duvida? Mas, e quem será o caudatário deles? Vai compor, como vice, uma chapa com o PT ou outro partido divergente do atual consórcio governista? O PSDB, por conta de suas primeiras declarações, ainda antes da saída, parece descartado. Ou vai para o tudo ou nada, concorrendo à Prefeitura? Palpite claudemiriano: será candidato a vice. A vereador, só se for possível uma aliança forte. Reconheço, é só um chute. Que até pode virar gol, mas…

EM TEMPO: o editor tem sido questionado (e há até comentários postados no sítio a comprovar a dúvida) acerca das complicações jurídicas de Maciel. Não há qualquer garantia acerca de sua condenação. Inclusive porque, até decisão em contrário, é inocente de todas as acusações. No entanto, e isso é possível afirmar, qualquer sentença (condenatória ou absolutória) dificilmente será conhecida antes do pleito de 2012. Portanto, independente da decisão jurídica, o vereador estará liberado para concorrer.

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