MURO QUEBRADO? As duas reuniões do PMDB e a absoluta irrelevância das decisões
No início da tarde, no Hotel Everest, em Porto Alegre, reúne-se o Diretório Estadual do PMDB. A pauta: discutir a posição do partido, no Rio Grande do Sul, em relação ao segundo turno da eleição presidencial.
No início da noite, no plenarinho da Câmara de Vereadores, em Santa Maria, reúne-se o Diretório Municipal do PMDB. A pauta: avaliar o primeiro turno (e o desempenho do partido, na boca do monte) e debater a posição local sobre o segundo turno do pleito presidencial.
Parêntese. Trata-se, no que toca à eleição para a Presidência, de uma discussão surreal. Afinal, o “partido” tem candidato aprovado em convenção nacional. É, se algum peemedebista já esqueceu, Michel Temer, vice de Dilma Rousseff, do PT. Temer, vai que alguém não notou, é o mesmo que preside a sigla nacionalmente. Isso mesmo: é o presidente do PMDB. Fechar parêntese.
E aí, qual o palpite acerca das decisões a ser tomadas hoje pelos graúdos peemedebistas gaúchos e santa-marienses? Tive o trabalho de ouvir, ontem, algumas fontes do partido. Vou poupá-las da nominação. E irei direto à conclusão.
Seja lá o que for que acordarem, seja na capital ou na terra de Imembuí, não fará a mínima diferença. Quem é Dilma, continuará sendo Dilma, quem é Serra permanecerá sendo Serra. Desconsiderando a avaliação do pleito em Santa Maria, porque até as pedras sabem que o partido foi o grande perdedor por aqui, vamos às hipóteses possíveis de decisão, que valem tanto lá quanto cá.
1) NEUTRALIDADE. Os militantes ficariam liberados para fazer campanha para quem desejarem. Resultado: os deputados federais, exceto Mendes Ribeiro Filho (pró-Dilma), continuarão, como sempre estiverem, engajados na candidatura de José Serra. Os prefeitos, em sua maioria (excluindo-se do grupo o “imparcialmente inativo” santa-mariense Cezar Schirmer), continuarão do lado de Dilma e do peemedebista Temer.
2) PRÓ-SERRA. Exatamente o mesmo efeito do item 1. Com uma diferença. Os prefeitos (e Mendes) e quem mais estiver do lado deles terão como argumento o fato de o PMDB ter candidato na chapa de Dilma e, portanto, não há como ser sancionados por não assumirem a posição oficial.
3) PRÓ-DILMA. Os deputados (exceto Mendes) e quem mais for favorável ao tucano Serra, inclusive (taaalvez) o candidato derrotado ao Piratini, José Fogaça, continuará seu proselitismo pró-candidato tucano, pouco se lixando para a decisão ofical.
Diante disso, só resta uma pergunta e uma constatação. A primeira: para que a realização das duas reuniões, se o efeito será sempre o mesmo?; e a segunda: é uma pena que uma agremiação tão importante na redemocratização do País tenha chegado a esse ponto, inclusive no Rio Grande do Sul.
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