Eleições 2010Mulher

RESCALDO. Mulheres compõem o maior grupo de candidatos com “zero voto” no RS

O “zero voto” do título, obviamente, é uma força de expressão. Bastante apropriada, no entanto, para explicar o desempenho de candidatos que tiveram votos beirando o nada, no pleito de 3 de outubro, no Rio Grande do Sul. É o caso, por exemplo, do PDT: grande parte das candidatas foi inscrita apenas para cumprir a quota exigida legalmente.

Um grupo razoável delas, e não apenas no pedetismo (para ser justo), sequer chegou aos 20 votos. Pela óbvia razão, na quase totalidade, de que não fizeram campanha. Mas constavam da listagem e um ou outro encasquetou de nelas votar.

Sobre esse assunto, das candidatas fantasmas (que é como eu próprio denominei o grupo de concorrentes que apenas constam na relação, e isso vale também para homens), interessante material, com a explicação dos partidos, foi produzido pelo jornal eletrônico Sul21. A reportagem é de Felipe Prestes. Acompanhe:

Mulheres caem de paraquedas nas listas das eleições e somam poucos votos

A lista com os votos que cada candidato obteve nas eleições proporcionais no Rio Grande do Sul mostra que alguns deles tiveram votações quase inexplicáveis: quatro, nove, onze votos. Mas essas votações insignificantes têm, sim, um fator em comum. O Sul21 apurou que dos 50 candidatos menos votados à Assembleia Legislativa, 39 são mulheres. Entre os 50 menos votados à Câmara dos Deputados no estado, 29 são do sexo feminino. Entre os dez últimos colocados, tanto para deputado estadual quanto federal, todos são mulheres. Já entre os eleitos, a relação é inversa. Nos próximos quatro anos, o Rio Grande do Sul terá apenas uma deputada federal, numa bancada de 31 gaúchos, e oito deputadas estaduais, entre as 55 cadeiras da Assembleia.

A explicação está na necessidade de que os partidos tenham 30% de candidatas entre os concorrentes aos cargos proporcionais. Muitas dessas mulheres que ficaram nas últimas colocações aparentemente não têm participação política significativa. Nossa reportagem tentou entrar em contato com as candidatas à Assembleia que não chegaram a somar 20 votos. Algumas não são nem sequer localizadas pelos seus partidos. Por telefone, duas candidatas, que tiveram menos de 15 votos, se negaram a dar entrevista, ressabiadas com a repercussão de sua candidatura. Algumas detentoras de poucos votos são militantes, mas receberam convites de última hora para compor a lista de candidatas.

É o caso de grande parte das candidatas do PDT no estado, segundo o próprio presidente estadual da sigla, Romildo Bolzan. Ele reconhece que seu partido recrutou candidatas às pressas. “À exceção de três ou quatro candidatas, todas as outras foram chamadas de última hora”, disse. Mas garantiu que elas eram militantes do partido. “Recorremos ao seio da militância”. Bolzan afirmou ainda que o PDT apoiou no que pode as candidatas, ou seja, com poucos recursos…”

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