TEMOR REAL. Mais que na derrota de 3 de outubro, PMDB/SM pensa mesmo é em 2012

É verdade que na reunião ampla do Diretório Municipal, acontecida na noite da última quinta-feira, o PMDB santa-mariense lavou a roupa suja. É consenso, pude aferir junto a pelo menos duas fontes distintas (e até opostas), que a derrota de 3 de outubro tem duas causas, no entendimento dos militantes: o desempenho do governo em primeiro plano:, aquém da expectativa criada e por demais pirotécnico. Secundariamente, a fraqueza política do candidato. Outras, como a “neutralidade” frente à eleição presidencial, por exemplo, foram acessórias.

Mas, e isso sim é que se tornou importante, muito mais que na derrota de hoje, a preocupação, o temor (e até, em raros casos, o terror) da maioria é mesmo com o próximo episódio eleitoral. Que, na prática, já começou. Daí porque, talvez, a primeira afirmação feita na noite da quinta foi exatamente uma reafirmação. Meio óbvia, mas contundente: Cezar Schirmer é candidato à reeleição.

Feita sem a presença do próprio, que esteve na reunião do Diretório Estadual, na capital, realizada no mesmo dia, suas orelhas devem ter ardido. Sobraram críticas ao que está ocorrendo no governo comunal – responsabilizado claramente pelo resultado fiasquento de domingo retrasado.

No trololó, uma fonte importante (atenção, patrulheiros, não tentem adivinhar, muito menos sair por aí caçando bruxas) fez um relato ao repórter. Que acrescenta dados fundamentais ao quebra-cabeças que este sítio monta para entender o que está (ou não) ocorrendo no peemedebismo da boca do monte.

A seguir, com base nos depoimentos que colhi, listo algumas questões surgidas no interior do PMDB. Várias são informações puras e simples. Outras, deduções óbvias a partir de diversas manifestações. Acompanhe:

1) Diferente do que se imagina, os militantes não têm muita preocupação com uma possível saída do PSDB do consórcio governista. Há até quem aposte que isso não ocorrerá e, portanto, Jorge Pozzobom não seria candidato em 2012.

2) A grande dúvida, meeeesmo, é sobre a permanência do PP. José Farret, eleito vice, fica até o final do governo. Já, em relação ao partido, há controvérsias.

3) Os peemedebistas estão “pê” da vida com o desempenho do governo de uma forma geral, mas há ênfase num grupo de secretarias, algumas delas estratégicas.

4) A que estaria em situação pior, na avaliação média, é a da Saúde – cujo titular é o vice Farret, do “problemático” PP. Mas, e daí, o que fazer? Sugeriu-se, mesmo, para encaminhar uma solução, inclusive a nomeação de um triunvirato, que seria formado por Luiz Gustavo Thomé, Luiz Skinowski e Moacir Alves – este recentemente demitido, a pedido de Farret, do CEDAS (Centro de Diagnóstico e Atenção Secundária).

5) Embora elogiado pelo esforço pessoal do titular, Haroldo Pouey, a secretaria de Infra-estrutura foi fortemente criticada. Da mesma forma, as pasta de Educação e a extraordinária do PAC – a primeira conduzida por João Luiz Roth, a segunda por Nabor Ribeiro.

6) Ainda que não criticando a atual titular, Iara Druzian, peemedebistas consideram um erro a saída de João Luiz Roth da pasta de Cultura.

7) A falta de solução para estas e outras questões, todas relativas ao desempenho da prefeitura, na avaliação da média dos peemedebistas que participaram da reunião (e ali estavam pelo menos dois vereadores, dois secretários e alguns adjuntos, entre outros), que já comprometeram o resultado de hoje, podem criar sérias dificuldades em 2012.

8) Houve unanimidade  na conclusão do trololó, de que mudanças urgentes devem ocorrer inclusive na consolidação de quem é efetivamente parceiro de governo. Entenda-se: “partidos e pessoas que serão definitivas na efetivação de um governo vitorioso e que responda aos anseios da população e ao recado das urnas”.

CONCLUSÃO CLAUDEMIRIANA: está tudo muito bem, está tudo muito legal (como diria aquela banda de sucesso no início dos anos 80). Mas alguém combinou isso com Cezar Schirmer? Desculpa perguntar.

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