Recife celebra o cineclube
Por Ricardo Ritzel, de Recife
Entre 5 e 11 de dezembro, a capital pernambucana promove três grandes eventos que definirão os rumos do cineclubismo internacional. Santa-mariense é cotado para ocupar liderança do Conselho Nacional de Cineclubes
Foi oficialmente aberto na noite deste domingo, no Hotel Fazenda Viver, na capital pernambucana, a 28ª Jornada Nacional de Cineclubes do Brasil. No encontro, que reúne mais de 250 entidades de todos os 27 estados brasileiros, serão definidos os rumos do cineclubismo nacional e também as eleições para escolha da nova diretoria do CNC – Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros.
O santa-mariense Luis Alberto Cassol é forte candidato a ser o novo presidente da CNC e fazer de Santa Maria a nova capital do cineclubismo brasileiro. Cassol, ou Beto Cassol como é chamado por seus amigos, é diretor de cinema, organizador do Santa Maria Vídeo e Cinema e ainda cineclubista de carteirinha (leia-se Cineclube Lanterninha Aurélio).
Segundo Antonio Claudino de Jesus, atual presidente do CNC e que também é vice presidente da FICC – Federação Internacional de Cineclubes, “os objetivos da jornada em Recife são comemorar a consolidação do movimento cineclubista brasileiro, sua reconhecida liderança no cenário mundial pela democratização ao acesso à cultura audiovisual e também ao fortalecimento na divulgação das diversidades culturais do país”.
Na terça-feira, o grande encontro do cineclubismo internacional. O Teatro São Luiz de Recife será o palco da abertura da 3ª. Conferência Mundial de Cineclubes, reunindo representantes de federações de mais 50 países do mundo, de lideranças das principais entidades não governamentais do audiovisual brasileiro, as mais importantes autoridades governamentais da cultura do país, além das delegações de todos os estados brasileiros.
Na seqüência da programação pernambucana, também acontece a Assembléia Geral da Federação Internacional de Cineclubes com eleição para escolha da nova diretoria da entidade. Brasileiros estão cotados para assumirem postos chaves no cineclubismo internacional. Luiz Alberto Cassol é um deles.
Conforme o santa-mariense, o crescimento da atividade no Brasil fez que pela primeira vez na história a FICC promova o evento na América do Sul, sendo que durante seus 60 anos de existência, aconteceu uma única vez fora da Europa, em Cuba há 25 anos atrás.
Durante o encontro também acontecerão várias atividades paralelas, como mostras de cinema nacional e internacional, com destaque para os principais filmes do premiado cineasta iraniano Kamran Shirdel, inéditos no Brasil.
A 28º Jornada Nacional de Cineclubes, a 3º Conferência Mundial de Cineclubismo e a Assembléia Geral da FICC – Federação Internacional de Cineclubes são uma realização do CNC – Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros em parceria com a FICC – Federação Internacional de Cineclubes e a FEPEC – Federação Pernambucana de Cineclubes.
(O jornalista Ricardo Ritzel foi convidado para ir a Recife pelo Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiro)
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Prezado jornalista:
Peço desculpas pela eventual destualização de meu endereço de e-mail.
Solicito a gentileza de atualizá-lo para [email protected], através do qual me comprometo a ser mais rápido em eventuais questionamentos.
Quanto à questão do “cineclubismo”, respeito sua opinião, sou um apreciador do cinema de qualidade, possuo (imodestamente) uma boa coleção de DVDs de grandes filmes, mas considero excessiva a exposição de algo que – a meu ver – é praticamente um gueto da cultura.
Credito esta divulgação – que reitero excessiva – ao relacionamento de amizade que o jornalista mantém com o entusiasta Beto Cassol (pessoa de grande qualidade, diga-se de passagem…), cuja paixão acaba contagiando quem o escuta e enseja uma dimensão que o tema não tem.
Na minha visão, existe atualmente (pós-2003) um excessivo patrocínio (sob todos os aspectos que a palavra patrocínio engloba) a iniciativas “de gueto”, que acabam servindo muito mais para divulgação pessoal e turismo (e até profissão) para seus mentores do que propriamente para alargar os horizontes da cultura nacional.
É minha visão, pois acredito que Santa Maria possui aspectos de muito maior importância a serem debatidos neste espaço tão gentilmente colocado à nossa disposição.
Abraço
Luiz
Qual é a importância? Pelamordedeus, como é que uma pessoa pode perguntar uma coisa dessas! Seria algum desafeto tentando diminuir o significado do cineclubismo? Pode ser, mas será esforço inútil, pois o Brasil e o mundo sabem como é importante democratizar o cinema. Parabéns ao Beto Cassol e aos cineclubes!
Perguntinha impertinente:
E qual é a importância deste tipo de coisa? Cineclube?
Qualquer hora surge algum santamariense candidato ao Conselho Nacional de Colecionadores de Álbum de Figurinhas…
Tenha dó… (NOTA DO SÍTIO – um comentário anterior, do mesmo leitor, mas em outra nota, foi vetado. O editor tentou contato por e-mail, para explicar o porquê – foi uma questão apenas de terminologia, e não de conteúdo – mas lamentavemente a correspondência voltou. Ou o endereço é falso, ou a caixa de mensagens está lotada. Assim, o editor aproveita este comentário para explicar)