EconomiaPolítica

NÃO CUSTA LEMBRAR. Discurso “pau ferro” de um líder empresarial deixa a platéia “de boca aberta”

Confira a seguir trecho da nota publicada aqui na manhã de 16 de dezembro de 2009, uma quarta-feira:

POSSE NA CACISM. Discurso do novo presidente deixa a platéia de “boca aberta”

Terminou no início da madrugada de hoje o regabofe que se sucedeu à cerimônia de posse do novo presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Santa Maria (Cacism), o empresário Paulo Roberto Abelin Ceccim. E, na verdade, o jantar – servido após as palavras de Júlio Kirchoff (que deixou o cargo) e de Cezar Augusto Schirmer, prefeito municipal – foi, e não encontro outro termo, um tititi total, com muita gente esquecendo a comida e tratando de, pelos cantos, ou em pequenas rodas, comentar o fato da noite. Mais que a posse, o discurso de Ceccim.

Foram 40 minutos de, numa linguagem popular, “pau puro”. Embora este sítio tentasse, e não poucas vezes, o novo presidente da entidade preferiu não permitir (bem, é um direito dele, na verdade) a publicação impressa do que disse. Mas é provável que a repercussão se estenda ainda por um bom tempo.

Tentando lembrar de alguma coisa para dar idéia ao leitor, cito aqui algumas das observações feitas pelo novo dirigente da principal entidade empresarial de Santa Maria…”

PARA LER A ÍNTEGRACLIQUE AQUI

PASSADO EXATAMENTE UM ANO da publicação da nota, que se diga: Paulo Ceccim entrou em muitas brigas, nesse período. Algumas grandonas. Outras nem tanto. Mas que não se digam duas coisas. Uma, o cara se incomodou bastante com parte (sempre privilegiada) da mídia e teve uma relação, digamos, conflituada com outros setores, inclusive empresariais – para não falar dos políticos.

SIGA O SITÍO NO TWITTER

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

4 Comentários

  1. Boa noite.
    Parabens Sr. Fred pela sua lucidez. Bola cheia para o senhor. Pinçando uma parágrafo do seu comentário. A muito venho falando sobre a (péssima)localizção do Centro de Eventos, e os estragos que iria fazer aos moradores do entorno do mesmo. No último Evento causou problemas para a Escola Cilon Rosa. Penso que Esse Senhor estava na dele quando propos o convênio com a Prefeitura. Quem errou de fato nesta história foi o Governo Municipal que aceitou o tal Convênio sem se preocupar com oque poderia acontecer. Pensava que a obra do Centro de Eventos seria com dinheiro da CACISM, mas pelo que tenho lido não é. Se o dinheiro é Público, gostaria de saber o por que do tal Convênio. Bom seria que o Sr Ceccim se preocupasse também com o Parque da Tamanday, e tratasse de acabar aquela obra, afinal não é uma contrapartida do negócio? Hope pela manhã numa Rádio local esse Senhor fez comentários (criticas a Prefeitura leia) sobre o SAMU e pela UPA,por não estar funcionando. Passados uns minutos entrou no ar uma Autoridade Municipal exclarecendo o porque do não funcionamento , ficou impressão que o Sr. Ceccim não estava a par dos acontecimentos, e fez uma critica sem fundamentos. Esse Senhor anda muito AFOITO, te cuida Pozzobom, ehehehe

    Bola murcha para o comentário do Sr. Maurício.

  2. @maurício denardin

    Agradeço os seus comentários.

    Penso que cabe também aos que não tem poder nenhum de ação, como eu, colaborar com argumentos e ideias, publicamente. Não simplesmente ser do contra, como muitos fazem. Dar opinião muito bem fundamentada também ajuda.

    E acho que o Sr. Ceccim não precisa de defensores, mesmo porque só relatei fatos óbvios quando foram contrários, e isso ele deverá ter maturidade e consciência para aceitá-los, ter a grandeza disso.

    Agora, se for defendê-lo, faça com argumentos cabíveis. Posso ler o número de páginas que você quiser escrever, mas não perca tempo se não for com argumentos convincentes, obrigado.

  3. Sr. Fred
    Toda esta sua retprica que enche várias páginas deveria uma única vez na vida significar uma ação de verdade, colocar sua cara em algo!! defender suas idéias pondo as mesmas em prática.
    A dirença do Sr. Ceccim para o Sr. certamente é esta, o senhor apenas fala e aponta os erros, o Sr. Ceccim fala.. faz.. e assume!!
    Penso ser uma diferença e tanto.
    Sugiro que opine menos… digite menos e faça algo verdadeiramente positivo para todos e seja julgado por isso.
    Se não for assim fica fácil dar pitacos pomposos.

  4. Não tenho como comentar o que foi dito na posse pelo Sr Ceccim, dos acertos e dos erros do que foi dito, não estive presente e esse blog não entrou em detalhes.

    Mas devo louvar a atitude inédita da parte dele de apresentar tópicos (e cobrar) de parte dos poderosos da cidade, pois o que mais se vê na aldeia local é mais tapinha nas costas de todo mundo do que um real debate sobre as coisas, no melhor estilo das democracias. Só com debate se aprende com os outros e se toma melhores decisões. Nota-se que nessa terra se mudam as pessoas, mas só fazem é mais tocar o barco nos quases mesmos rumos, às vezes já com destinos de menor significado. Acho que as pessoas vivem numa redoma, ou numa ilha. E quando olham para fora querem copiar sem pensar nem analisar.

    Mas o Sr. Ceccim deve saber que pode cometer erros como qualquer outro. Vou apresentar aqui alguma pouca coisa do que sei publicamente, mas o suficiente para fazê-lo pensar um pouco na vida. Vou também sugerir, a título de colaboração, algumas ações que podem fazer uma real diferença nos tempos modernos.

    Em primeiro lugar, interessante ele apresentar interesses em tantos tópicos no discurso, porque quando o Sr. Ceccim esteve na prefeitura quase nada se ouvia dele, foi uma administração de secretaria apática, talvez por vontade e esperteza do então prefeito Valdeci, não tenho certeza, de ter como aliado possíveis contrários, que se “apagam”. Então ainda dou créditos à gestão apática daquela época do Sr. Ceccim por conta dessa possibilidade.

    O que me lembro somente é a sua influência no tocante aos esforços para enfim viabilizar a instalação de um centro de eventos na cidade. O fato de encaminhar a definição, em colaboração com a prefeitura, foi algo importante, fazia (e ainda faz) muita falta à cidade um centro de eventos.

    Mas o que pode ter sido a sua maior (ou única) grande contribuição nos anos recentes foi também o seu maior equivoco exigir que o CDM fosse o local escolhido, dentro de um bairro residencial.

    O centro de eventos no CDM é pequeno para a cidade ainda antes de ser inaugurado. Além de pequeno, mal localizado e sem acesso e estacionamento adequados. Mais, o centro de eventos no CDM vai piorar a qualidade de vida da população no entorno de quatro quadras. Não haverá espaço para ônibus de excursões a não ser as ruas, que se encherão de flanelinhas. Já prevejo problemas com horários de funcionamento do centro, pois estando localizado num bairro residencial, meios judiciais serão acionados pelos moradores de entorno, envolvendo a promotoria da cidadania, para limitar os horários dos eventos de maior publico. Porque prevejo que será esse meio legal que os moradores usarão para evitar, ou ao menos minimizar, os problemas ambientais com alto som e algazarras em horário impróprio, que afetarão a qualidade de vida daquelas pessoas. Estão certos, cabe a eles se protegerem e exigirem sossego adequado.

    Curioso é o Sr. Ceccim ter cobrado a rápida liberação de via de tráfego da Serafim e não ter percebido o grande estorvo que será para o trânsito, os problemas de estacionamento, etc. que é a localização no centro de eventos no CDM. Claro, ele não pode pensar em tudo, mas deveria. Os detalhes contam no acerto das ações, e mesmo porque o centro de eventos não vai custar “merrequinha” não, vamos ter de pagar essa conta milionária. Que o centro fosse bem feito e bem localizado, então.

    Quando ele chama de retrógrados os que não querem supermercados abertos aos domingos, cuidado, usa de um poder de adjetivação que não tem, pois como mandatário de cargo de uma associação, entre muitas, já deveria saber que toda discussão numa seara desse nível envolve os pareceres e opiniões democráticas de várias associações e dos grupos interessados, e então há ou não o convencimento e a negocição. Nesse debate ele saberia, inclusive, de análises econômicas de viabilidade, que talvez já dissessem que não seria viável.

    No tocante a outra parte interessada, a população, que é o alvo principal do favorecimento, é preciso saber se haverá número de compradores que justifique a abertura. Uma coisa é a maioria da população ser favorável e esses decidirem comprar aos domingos, outra é a maioria ser favorável e ficarem em casa ou em lazer, como costumeiramente deve ser um domingo com qualidade de vida. Sem uma participação efetiva da população, não tem sentido tanto esforço.

    Vamos agora aos argumentos principais e notórios que justificam a não abertura dos mercados todos os domingos.

    Sabe-se que boa parte dos mercados (e todos os maiores) abre(m) todos os dias da semana, desde a primeira hora da manhã até ás 22h, sem fechar ao meio-dia, o que dá muita flexibilidade para todos comprarem, quase três turnos. Só não compra nos dias da semana quem não quer, não há carências nesse tocante.

    Mas se sabe que há um período mais crítico das compras que é um caos, a primeira semana logo após o pagamento dos salários, isso sim provoca maiores estorvos para todos. Então antes do dia 5 e depois do dia 15 de cada mês os mercados são frequentados de forma normal ou ficam vazios, durante a semana, logo, abrir aos domingos depois da primeira semana de salário não parece injustíficável? Parece obvio, só desgastaria os funcionários e causaria prejuízos econômicos aos donos dos estabelecimentos.

    Talvez o bom senso “econômico” tenha influenciado a decisão de os dirigentes “retrógrados” de abrir somente num domingo do mês e nas vésperas das grandes festas coletivas. Pelos argumentos aqui apresentados, se estão corretos houve, sim, capacidade de discernimento e não um ato de retrógrados. Claro que daqui alguns anos isso pode mudar, mas no contexto atual não tem sentido algum abrir os mercados todos os domingos.

    Enfim, é bom mexer com o status quo, discutir, debater, criar novas demandas de pensamento, mas gostaria de ver o Sr. Ceccim preocupado antes com o dever de casa, com os reais atrasos, como por exemplo, a qualidade de atendimento do comércio de Santa Maria.

    A CACISM tem intenção de promover a qualidade de atendimento das lojas da cidade com eficiência real? Mais do que abrir aos domingos e todos os dias, é preciso que o cliente seja bem atendido. Isso não é nem modernidade, é o óbvio, e reclamações não faltam, inclusive do dono desse blog. É padrão, por exemplo, ver os vendedoes locais saberem menos que os usuários quando esses vão ás lojas para comparação e definição de escolha de produtos. A internet propicia que o comprador em potencial faça pré-levantamento e análise dos produtos, mas ainda fica com algumas dúvidas, então se dirige ao comércio local e percebe que o vendedor sabe menos que ele. Então é fácil se pensar que vai desistir da compra. Hoje, os clientes procuram se basear suas compras no detalhe, e se o vendedor não tem tal capacidade de resposta, o cliente vai atrás de quem sabe responder, ou compra diretamente da internet.

    Além dos cursos de capacitação é preciso passar às empresas filiadas a importância de diminuir a rotatividade dos funcionários e pensar seriamente numa discussão de aumento de salário base, cujo valor baixo reflete na qualidade do serviço e na rotatividade. O salário que se paga para os funcionários do comércio de Santa Maria é uma vergonha. Funcionário não vive só da motivação com o que ganha de comissão da venda, mas principalmente da segurança que é ter um salário base decente. Nem todos podem pagar um salário decente, mas muitos podem pagar. Será um bom trabalho de gestão se melhorasse isso.

    Outra situação que se deve trabalhar é a descentralização das ofertas de comércio e serviços. Parece que Santa Maria é uma aldeia que só funciona nas duas primeiras quadras do entorno do calçadão, dos três centros comerciais e da Acampamento.

    Os mercados pequenos das redes já oferecem essa descentralização por busca acertada de demanda de mercado localizado, mas o fizeram por conta própria, não por intromissão do órgão dirigente da classe. E agradeço essa visão dos donos das redes, pois me permite fazer compras sem precisar de usar o carro. Muitos fazem isso e não precisam se deslocar nem onibus nem de carros, então é menos poluição e mais qualidade de vida para todos.

    Então seria interessante a CACISM se envolver com a prefeitura e alavancar a instalação de pequenos centros comerciais ou de pontos de comércio de forma descentralizada, facilitando o acesso da população ao comércio, isso sim seria qualidade em vários aspectos. Seria bom também criar junto aos seus a política de privilegiar a contratação de pessoas do entorno desses locais. Isso diminuiria a necessidade dos moradores e de funcionários de se deslocarem, aumentando a qualidade de vida de todos com menos tempo desperdiçado no deslocamento, e menos poluição. Nessa ideia estaria se viabilizando o acerto na execução de um plano diretor moderno (se é que existe aqui), na distribuição planejada dos recursos de acesso a pontos de comércio nos bairros.

    Mais, com isso se faria gestão adequada e não se criaria problemas na cidade ao se fechar os olhos, como aconteceu, na definições das devidas localizações de empresas maiores de comércio. É uma vergonha “abrir as pernas” para grandes empresas se localizarem onde bem entenderem, como tem acontecido. Rasgaram o bom senso dos estudos de impacto ambiental e de acesso da mobilidade urbana quando aprovaram a instalação de grandes empreendimentos (vide os casos do Carrefour, Shopping Dores, e o próprio centro de eventos) onde estão. Os locais mais adequdados seriam outros, mas por que o descaso com o acerto dessas definições? A CACISM tem de ser pró-ativa nesses aspectos também, colaborar e não deixar que essas coisas aconteçam.

    Outra sugestão que faço, Sr. Ceccim, é sair um pouco da aldeia, viajar. vá passar um tempo na Europa, não aos Estados Unidos. Vá ao Butão conhecer o FIB (o PIB da felicidade, não é mais o PIB econômico que interessa aumentar).

    Veja o que se faz na Europa em termos de qualidade de vida, sustentabilidade, o impacto positivo na economia das pequenas zonas e pontos de comércio, a valorização da tradição e do pequeno empreendimento, que começa na oferta de alimentos com produção local. O comércio de alimentos de Santa Maria tem praticamente toda origem “estrangeira”, é inadmíssivel isso. Os terrenos rurais das proximidades estão sendo usados pela classe média para investimento ou lazer de final de semana dos seus donos, e olha lá. É preciso criar um cinturão produtivo de pequenos produtos de alimentos no entorno, empregando muitas pessoas e nos propiciando melhor qualidade de alimento.

    Na atualidade, está-se privilegiando o mercado produtivo local, pois a qualidade é consequencia quando se negocia e se cobra do produtor, olho no olho. Gera-se muito mais empregos, descentraliza-se o poder econômico, é preferível muitos terem um pouco do que poucos terem muito, inclusive para o comércio. Estou dizendo uma inverdade? Acabou-se o tempo que a solução é esperar aparecer grandes mpresários de fora para alavancar a economia e as ofertas de serviços, produtos e empregos.

    Outra sugestão que faço é que o Sr. crie a sua sala de debates, mas não para concorrer com o dono desse blog, nem para trazer só pensadores da sua própria linha de pensamento. Assim o Sr. e mais ninguém aprende algo de novo. Convoque pensadores das universidades locais e de outros mundos, chame-o para o debate, para apresentações de ideias aos filiados e à sociedade, espaços não faltam. Algo parecido como se faz em Porto Alegre com o “Fronteiras do Pensamento”. Será algo notável para a sua administração promover sopas de ideias, sair do pensamento de aldeia e do convencional, buscando entender novas formas de gestão e de visão de qualidade de vida.

    A modernidade de gestão tem algumas palavras chaves: planejamento, sustentabilidade, negócios e produção local, qualidade de vida (multiaspectos), percepção dos impactos ambientais, valorização profissional, descentralização, acessibilidade.

    Se o Sr. atentar para esses pontos, com certeza terá impactos positivos e duradouros para essa cidade e fará uma ótima gestão. Torço para que sim, boa sorte.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo