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“Muy lejos de Dios y muy cerca de Santa Maria” – por Carlos Costabeber

Convidado pelo Deputado Valdeci, aceitei convite para fazer uma palestra no 1° Seminário de Desenvolvimento Local e Regional, em São Francisco de Assis.

Assumido o compromisso, não podia deixar passar a oportunidade para levar uma mensagem positiva, objetiva, concreta.

Então veio-me a mente aquele dito popular mexicano, que tenta explicar a histórica situação econômica e social do México: “Muy Lejos de Dios y Muy Cerca de los Estados Unidos” (Muito longe de Deus e Muito Perto dos EEUU).

Era o argumento de que eu precisava !

Afinal, as cidades no entorno de Santa Maria, com poucas exceções, estão estagnadas há tempos. A atração pelos “grandes centros”, pelas oportunidades de emprego e renda maior, faz com que os jovens deixem as suas localidades, demandando principalmente para Santa Maria.

E quem perde seus jovens, seus talentos, só pode regredir!

Então levei para São Chico a seguinte bandeira regional: vamos transformar esse limão em limonada !

Mas, como?

Disse para aquela plateia que as cidades da região deveriam aproveitar esse potencial, produzindo boa parte do que aqui é consumido.

Fixei-me no item que mais poderia favorecer os municípios vizinhos: hortifrutigrangeiros!

Santa Maria importa de outras regiões todos os anos, 400 milhões de Reais somente nesse segmento de produtos de origem primária.

Então, fica a pergunta:

Por que os pequenos e médios produtores rurais da região não aproveitam essa grande oportunidade ?

Infelizmente, nos falta uma mentalidade empreendedora!

E que o diga o Prefeito Schirmer, que desde que foi Secretário da Agricultura do Estado vem batendo nessa tecla.

Somos um grande mercado consumidor, que poderia ser facilmente abastecido por fornecedores daqui mesmo.

Um trabalho muito bem feito nesse sentido é o realizado pelo Projeto Esperança/Cooesperança. Mas, apesar dos belos resultados alcançados, ainda estão muito longe de poder atender a demanda oferecida (escrevi sobre esse assunto em julho do ano passado).

Mas essa seria a linha de atuação dos poderes públicos municipais: estimular a produção de produtos hortifrutigranjeiros, dentro de um programa de longo prazo, e solidamente construído.

“Fico louco” em ver tantas e tamanhas oportunidades de se ganhar dinheiro, simplesmente produzindo o que Santa Maria consome.

Volto o insistir: NOS FALTA UMA CULTURA EMPREENDEDORA!

Não está na hora de “cair a ficha” ?

“O cavalo está passando encilhado”, e nós não vamos aproveitar a oportunidade ?

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Um Comentário

  1. Supersimplificação. Não leva em consideração solo, clima, custo de mão de obra, etc.
    Se o projeto citado dá tão certo assim, porque não consegue aumentar a escala? Qual é o nível de subsídio do projeto? E ainda tem mais, com todo o gargalo logístico de Santa Maria, os produtos ainda chegam aqui com preços aceitáveis.
    Também mostra o conceito de “capitalismo” praticado no país. O sujeito tem que ser “empreendedor” mas necessita de políticas públicas. A receita é privada, mas o risco é de todos.
    Ainda, se é tão barbada assim, por que o autor não inicia algo? O exemplo onde fica? Afinal, começar algo do zero é tão fácil quanto herdar.

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