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MÍDIA. Melhor prestar atenção: grandões querem mesmo acabar com a Voz do Brasil

Diferente do que imaginam (ou não) e divulgam (o que fazem sempre que podem) os representantes da mídia tradicional, “ Voz do Brasil” é um programa de qualidade indiscutível, bastante ouvido e, o principal, em alguns lugares é a única chance de obter informações do que acontece no País. Muitíssimo bem-feito. Melhor do que a maioria dos programas de “jornalismo” que se ouve por aqui, ali e acolá.

Então, vamos combinar o seguinte: o interesse em acabar com a “Voz” tem tudo a ver com negócios, não com comunicação, menos ainda com o interesse da sociedade. É o que este editor pensa e não cansa de dizer. Mas não é menos verdade que o esforço para acabar com o programa, aos poucos, começa a dar certo. Por isso, especialmente, é preciso prestar atenção nos movimentos, inclusive para contrapor, se for o caso.

Ah, quem escreve sobre isso, notadamente sobre o que está acontecendo agora no Congresso, é o jornalista Mário Augusto Jakobskind, em artigo publicado originalmente no sítio Direto da Redação e reproduzido no Observatório da Imprensa. Acompanhe:

ONDAS DO RÁDIO – Quem não quer a Voz do Brasil?

Neste período de férias e festas, quando os brasileiros não estão atentos aos acontecimentos e de um modo geral a mídia funciona a meio vapor, no Legislativo e no Executivo empurram na maciota questões no mínimo polêmicas e que deveriam passar por uma ampla discussão até serem transformadas em lei.

Um desses pontos aprovados a toque de caixa é a decisão tomada pela Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado de flexibilizar a Voz do Brasil. Ou seja, os parlamentares aprovaram que o mais antigo programa informativo do rádio brasileiro não precisará ir ao ar no horário estabelecido de 19h às 20h.

Se os plenários do Senado e da Câmara dos Deputados, antes também a Comissão da Câmara, aprovarem, a Voz do Brasil poderá ser apresentada em outros horários. Só as rádios públicas continuarão no horário atual.

Exigências da lei

Na verdade, o que os parlamentares mais desejam é acabar de uma vez por todas com a Voz do Brasil. Tem um detalhe: muitos desses políticos estão legislando em causa própria, ou seja, são proprietários de veículos de comunicação, o que é totalmente ilegal, pois a legislação brasileira proíbe parlamentares proprietários de veículos de comunicação. Na nova legislatura 61 parlamentares são proprietários de veículos de comunicação, fora os que passaram a propriedade para “laranjas”…”

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6 Comentários

  1. òia! Eu escuito a fóz do prasil, tias atrias eu me alembrei do Brojeto Me-enerva, como erra póm … eu costava da muziguinha.

    Agorra é tudo modernico, a schente pode ver os fereatorres, o pebutados na TV, zó que eu me admirro que zempre ta tudo fazio…

  2. Aqui na nossa Santa Maria também existem aqueles que são contra “A Voz do Brasil”. Eles são os proprietários das emissoras e seus capachos. Utilizam-se de todo o tipo de argumento falacioso em defesa própria. Estão mortos de fome e vendem-se a preço vil.
    Esse tipo de campanha já aconteceu com o horário eleitoral gratuíto, mas quando as emissoras de rádio e tv passaram a receber do governo (ou seja, da sociedade) para veicular os programas, as críticas sumiram.
    O PIG (Partido da Imprensa Golpista) não existe somente nos níveis nacional e estadual mas, também, no municipal. Que o digam os vereadores. Aqueles que não pagarem para ter seus nomes divulgados, só levam pau.

  3. Tenho uma opinião bastante diferente da apresentada sobre a “Voz Do Brasil”. O programa foi criado pelo governo Vargas com o nome “A Hora do Brasil” com o objetivo de propagandear o governo de “unidade nacional” defendido por Vargas e seus aliados. Evidentemente que o programa passou por diversas mudanças ao longo de sua trajetória, o que o tornou realmente um veículo de divulgação da vida parlamentar brasileira, porém dominado pelos grandes partidos e pelas velhas “raposas” da política brasileira. Parlamentares de partidos com menor representação não conseguem o mesmo espaço destinado ao políticos tradicionais, portanto “A Voz do Brasil” serve apenas ao propósito de manter o status quo da velha política brasileira, portanto são favorável a um maior “flexibilização” ou mesmo extinção do programa que é financiado com dinheiro público e não cumpre com o seu verdadeiro dever de informar os brasileiros sobre a atividade do cada vez mais diversificado congresso brasileiro.

  4. Seria uma pena,maaaais se acabarem com os programas do Schirmer que torram o saco da gente nos sábados eu até aceito.

  5. Prefiro ouvir, diariamente, a Voz do Brasil, do que a maioria dos rádio-jornais disponíveis em nossa mídia tradicional, local, estadual ou nacional. Como bem referiste, em muitos cantos do Brasil é a única informação que chega aos ouvidos de muitos quase esquecidos brasileiros. Ouço muito, com irritação, a campanha e o desdém que emissoras de rádio(até locais)se referem a esse tradicional informativo. Tomara que os interesses comerciais não prevaleçam.

  6. Talvez seja necessário que se tenha uma flexibilidade nos horários do programa mas que ela é importante para consolidadar os princípios constitucionais da transparência e da publicidade, isso é.
    Seria interessante que tivessemos também uma Voz do Brasil dos Estados e dos Municípios. Assim saberíamos melhor que ações nossos prefeitos, governadores, deputados, vereadores e poder judiciário estão tomando.
    Por que os jornais não são obrigados a disponibilizar um espaço para as Câmaras de vereadores publiquem um resumo das matérias apreciadas em uma sessão legislativa.
    A questão que fica é: até que ponto a mídia ajuda ou atrapalha a transparência das ações dos órgãos públicos?

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