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Prefiro a adoção – por Daiani Ferrari

Adoro seriados americanos. Comecei a assistir House e segui com Lost, Sex and The City, Grey’s Anatomy, The Good Wife e Brothers and Sisters, sendo esse um dos meus preferidos. Nesse ultimo, que trata sobre dramas familiares, há um casal gay que quer ter filho, formar uma família, essas coisas de casal heterossexual.

Depois de várias empreitadas nesse propósito, no episódio que vi essa semana, Scotty e Kevin vão a uma feira de adoção para tentar escolher uma criança, que por fim acaba escolhendo-os.

Não tenho ainda vontade de ter filhos, mas se um dia tiver (porque eu posso nunca ter!), com certeza seria através da adoção. Posso justificar dizendo que é uma maneira de contribuir com um problema social, dar uma família a quem precisa. Mas também poderia dizer que é por não ter a menor intenção de engravidar, ficar nove meses esperando, com enjôos, desejos e incômodos. Desculpa-me se minhas palavras agridem os poucos leitores que posso ter, mas essa é minha opinião.

Como uma pessoa que acredita na bondade das pessoas mais do que tudo, julgo esse ser um ato dos mais gloriosos. Sei que o processo não deve ser nem um pouco fácil, mas também acho um pouco de egoísmo querer somente um filho seu, com a garantia de um cabelo liso, loiro, olho claro e o nariz escultural, como do pai ou da mãe, sem nenhum tipo de análise de outras possibilidades.

Posso ser insensível como mulher, mas realmente não acredito naquele pensamento divino de que o casal se uniu para procriar e somente isso. Prefiro a pregação de que mulheres e homens, separados ou unidos, sem nenhum tipo de preconceito, sejam bons, estendendo a mão para quem precisa. Existe aquela história de escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho para ter uma vida completa. Em minha opinião, ao invés deste último, deveria ser adotar uma criança.

E pode ter quem tente me persuadir a mudar de ideia, o que é difícil, mas não impossível. Não adianta dizer que durante a gravidez a mulher fica linda, que a gestação é uma delícia, algo indescritível; ou que o momento do parto é o instante mais precioso entre mãe e filho, entre outras coisas que dizem.

No final do episódio, na hora de Scotty e Kevin têm que listar o nome das crianças pelas quais teriam interesse, vem Olivia dar tchau e carinhosamente os abraça. Esse foi o momento em que ela os escolheu e eles a ela.

E, como em um final de novela, chorei.

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