CÂMARA. Vêm aí as ruas “dos pedreiros, dos vendedores, dos radialistas, das crianças, dos dentistas…”

Olha o que consta do Boletim Legislativo preparatório à sessão ordinária desta quinta-feira, na Câmara de Vereadores de Santa Maria. Projetos a ser votados, nenhum. Há dois em primeira discussão (a segunda e a votação devem acontecer na próxima terça-feira): o de Maria de Lourdes Castro, que obriga as lojas a manter provadores especiais para portadores de deficiência, e o do petista Luiz Carlos Fort, que cria o “Dia do Fusca”.

São três projetos de lei apresentados, mas ainda passarão pelas comissões do parlamento antes de chegarem ao plenário. Um denomina rua (autora é Maria de Lourdes Castro, do PMDB), outro “dispõe sobre a concessão, pela Prefeitura Municipal de Santa Maria, de cartão especial de estacionamento para maiores de 60 anos, proprietários de veículos a ser utilizado nos parquímetros da cidade.” (do também peemedebista Isaias Romero) e o terceiro é de origem executiva: a criação do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

Atenção: essa é novidade: diminuiu o número de requerimentos apresentados por vereadores. Bem, talvez seja a semana curta, mas o fato é que houve redução. São duas dezenas. Muito? Claro que sim. Mas bastante menor do que em sessões anteriores. Como sempre, a quase totalidade (exceto três, da petista Helen Cabral) tendo como autores edis do governo.

Uma curiosidade, que inclusive justifica o título desta nota. O vereador João Kaus (do PMDB), que tenta se cacifar para virar o Coordenador (com status de secretário e direito a cinco Cargos de Confiança) da Zona Oeste, é autor de um punhado de requerimentos em que pretende saber se existem denominações de ruas em determinados logradouros daquela região. E se há vias com os nomes “dos Vendedores, dos Pedreiros, dos Radialistas, dos Taxistas, dos Dentistas, dos Motoristas, dos Professores e das Crianças”. Bueno, daí a dedução óbvia: o próximo passo é homenagear essas categorias com os seus nomes.

EM TEMPO: no que depender deste editor (que só fala por ele mesmo), a rua “dos Jornalistas” é dispensável. Quem sabe, no lugar, coloque-se o nome “rua dos vereadores que adoram colocar nome de rua”.

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