“Capitalismo: uma história de amor” – por Carlos Costabeber

Ao rever o documentário produzido e dirigido pelo cineasta Michael Moore, “Capitalismo: Uma História de Amor”, pude fazer um link com o filme “Wall Street”, com o Michael Douglas.

Acredito que todos deveriam assistir as duas produções americanas, pois retratam o outro lado, o lado negro do capitalismo anglo-saxão. Capitalismo capitaneado pelos Estados Unidos, onde não existem regras para se ganhar dinheiro; muito dinheiro.

Nós, empresários latinos, administramos muito com o coração, e nos parecem desumanas as práticas adotadas pelas grandes companhias do Ocidente, na busca obcecada pelo lucro.

E o poder dos grandes bancos vai muito além de captar e emprestar dinheiro; eles dominam as decisões governamentais na área econômica, desde que estejam de acordo com seus interesses.

A crise desencadeada pela quebra do Lemon & Brothers em 15 de setembro de 2008 é a maior prova disso. O governo americano jogou mais de 1 trilhão de dólares na fogueira, para salvar o “sistema”; com dinheiro do contribuinte, claro !!!

Nesse gigantesco “crime do colarinho branco”, quem é que foi responsabilizado? Qual foi o grande banqueiro preso? Qual dirigente do Banco Central americano foi penalizado?

Nada!!!!

Então, fico vendo a figura simpática (e midiática) do Presidente Obama em visita ao Brasil. E fico imaginando qual é o verdadeiro poder desse homem. Ele pode decidir pela própria cabeça? Não acredito!!!!

Fica a sugestão: assistam ao documentário desse cara brilhante (Michael Moore), que é o único cineasta disposto a “abrir essa caixa preta” que é a relação entre a sociedade americana e o seu sistema capitalista. E o recém re-lançado filme “Wall Street”.

Mesmo tão distantes daquela realidade, acabamos de uma maneira ou outra, sendo atingidos pelas decisões, atitudes e acordos determinados por eles. Afinal, todos nós fazemos parte, hoje, desse novo mundo globalizado.